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Previdência privada ainda é rara, mas já está entre os benefícios mais desejados, diz estudo

Apesar de oferecida por apenas 27% das empresas, a previdência privada aparece em 4º lugar entre os benefícios mais valorizados pelos trabalhadores

O dado ganha importância em um cenário de envelhecimento populacional, aumento da preocupação com finanças pessoais e percepção de fragilidade da previdência social (Getty/Getty Images)

O dado ganha importância em um cenário de envelhecimento populacional, aumento da preocupação com finanças pessoais e percepção de fragilidade da previdência social (Getty/Getty Images)

Publicado em 19 de agosto de 2025 às 10h50.

Última atualização em 19 de agosto de 2025 às 10h50.

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A previdência privada conquistou espaço relevante no radar dos profissionais brasileiros, segundo a edição 2025 da pesquisa de benefícios da Robert Half. Embora apenas 27% das empresas incluam o item em seus pacotes, ele já figura como o quarto benefício mais valorizado pelos trabalhadores.

O dado ganha importância em um cenário de envelhecimento populacional, aumento da preocupação com finanças pessoais e percepção de fragilidade da previdência social — fatores que reforçam a necessidade de alternativas de poupança de longo prazo.

Satisfação estável, mas desejo por mudanças cresce

Segundo o levantamento, realizado com 1.400 profissionais qualificados (25 anos ou mais e ensino superior completo), 76% dos entrevistados desejam mudanças no pacote de benefícios. A taxa é próxima das registradas em 2023 (74%) e 2024 (77%), indicando estabilidade na percepção, mas também persistência na insatisfação.

Outro dado relevante é o desejo de personalização dos pacotes: 84% dos trabalhadores gostariam de escolher seus próprios benefícios, mas apenas 21% têm essa possibilidade atualmente. O número, contudo, mostra evolução em relação a 2024, quando só 15% contavam com pacotes flexíveis — sinal de que o modelo está ganhando força.

Impacto na atração e retenção de talentos

A pesquisa confirma que os benefícios deixaram de ser apenas um “complemento” salarial. Mais da metade dos profissionais (53%) e quase metade das empresas (49%) reconhecem que eles têm impacto direto na atração e retenção de talentos.

Com o desemprego em níveis historicamente baixos, a disputa por profissionais qualificados se intensifica. “Nessas condições, muitas vezes as companhias precisam recrutar talentos já empregados em outras organizações. Quando o salário não pode ser um diferencial significativo, os benefícios se tornam uma poderosa ferramenta de negociação”, aponta o estudo.

Tendência: pacotes flexíveis e foco no bem-estar

Além da previdência privada, a pesquisa mostra que a personalização de benefícios, especialmente os ligados a bem-estar, saúde mental e flexibilidade, ganha cada vez mais espaço. Esse movimento segue a tendência global de adaptação às novas demandas do mercado de trabalho, em que o profissional busca mais autonomia para moldar sua jornada e seus incentivos.

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