No cenário global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 12 bilhões de dias úteis sejam perdidos anualmente por ansiedade e depressão, gerando uma perda de US$ 1 trilhão para a economia (Nuthawut Somsuk/Getty Images)
Repórter
Publicado em 23 de setembro de 2025 às 15h53.
Última atualização em 23 de setembro de 2025 às 15h54.
O avanço dos afastamentos por questões de saúde mental, principalmente após a pandemia, colocou o tema no centro da agenda das empresas. Só em 2024, o INSS concedeu mais de 470 mil licenças médicas por transtornos mentais, o maior número dos últimos dez anos. No cenário global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 12 bilhões de dias úteis sejam perdidos anualmente por ansiedade e depressão, gerando uma perda de US$ 1 trilhão para a economia.
Diante dessa realidade, a startup Caju lançou duas ferramentas gratuitas para apoiar empresas na gestão do tema: uma calculadora de impacto financeiro da saúde mental e o Índice de Bem-estar e Saúde Mental, que mede o grau de maturidade das organizações no cuidado com funcionários.
A Calculadora de Impacto da Saúde Mental no Trabalho permite estimar os custos diretos das saídas de funcionários por estresse, burnout, ansiedade ou depressão. Para isso, considera três dados básicos:
Com essas informações, o cálculo traduz um problema frequentemente tratado de forma subjetiva em valores concretos, permitindo que líderes construam casos estratégicos para justificar investimentos em programas de bem-estar.
A ferramenta pode ser acessada em: calculadora-saude-mental-caju.vercel.app
“Mais do que campanhas sazonais, é essencial adotar métricas próprias para avaliar, de forma contínua, a maturidade organizacional no cuidado com a saúde mental”, afirma Lucas Fernandes, CHRO da Caju.
Além da calculadora, a Caju também lançou o Índice de Bem-estar e Saúde Mental, que avalia as práticas das empresas em cinco pilares:
Com base nesses critérios, as empresas são classificadas em quatro níveis de maturidade: reativo, iniciante, estruturado e estratégico. A proposta é apoiar líderes na transição de uma postura reativa para uma cultura preventiva.
O diagnóstico completo está disponível no e-book: Índice de Bem-estar e Saúde Mental nas Empresas
“Cuidar do bem-estar dos funcionários não deve ser visto como custo adicional, mas como investimento estratégico na inovação, produtividade e longevidade dos negócios”, diz Fernandes.