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Xi pede cessar-fogo em Gaza e insiste para que guerra no Líbano não seja propagada

Presidente chinês também disse que a "ascensão coletiva do Sul Global" é "um sinal claro das grandes mudanças pelas quais o mundo está passando"

O presidente chinês Xi Jinping participa de uma cerimônia de boas-vindas aos participantes da cúpula do BRICS em Kazan em 22 de outubro de 2024 (Maxim Shemetov/AFP)

O presidente chinês Xi Jinping participa de uma cerimônia de boas-vindas aos participantes da cúpula do BRICS em Kazan em 22 de outubro de 2024 (Maxim Shemetov/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de outubro de 2024 às 12h30.

Última atualização em 24 de outubro de 2024 às 12h46.

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O presidente da China, Xi Jinping, em discurso para os líderes do Brics, pediu um cessar-fogo na Faixa de Gaza, insistiu para que a guerra no Líbano não seja propagada e defendeu uma solução política para o conflito na Ucrânia.

À margem do diálogo entre os líderes do Brics+ na cidade russa de Kazan, Xi opinou que o gruoo deve "aderir à paz" e se tornar "uma força estabilizadora que explora soluções para problemas urgentes, abordando suas causas".

"Devemos promover a redução da escalada da crise na Ucrânia e abrir caminho para uma solução política. Da mesma forma, devemos continuar a promover um cessar-fogo na Faixa de Gaza o mais rápido possível, reiniciar a 'solução de dois Estados' e evitar a propagação da guerra no Líbano", sugeriu.

Xi disse que a "ascensão coletiva do Sul Global" é "um sinal claro das grandes mudanças pelas quais o mundo está passando" e que a modernização dos países em desenvolvimento é "um feito sem precedentes no curso da civilização humana".

"Mas, ao mesmo tempo, a paz e o desenvolvimento globais continuam a enfrentar desafios, e o caminho para a modernização não será tranquilo. Devemos demonstrar nossa sabedoria e força coletivas", argumentou o líder chinês, que também enfatizou que os países do Brics devem "participar ativamente e liderar a reforma do sistema de governança econômica global".

De acordo com Xi, a China "sempre terá seu coração e suas raízes no Sul Global" e o "aprofundamento das reformas" em seu país "proporcionará mais oportunidades para o mundo".

"Independentemente das mudanças na situação internacional, a China sempre manterá o Sul Global em mente", enfatizou.

A China chega à reunião em um momento em que tenta seduzir o Sul Global como uma de suas prioridades de política externa com novos caminhos de financiamento e cooperação em um contexto de crescente competição geopolítica com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos.

Para a China, o Brics é mais uma oportunidade de promover uma reforma do sistema de governança global mais alinhada com seus interesses e com o que chama de "verdadeiro multilateralismo" em oposição à "hegemonia dos EUA", além de mostrar seu "compromisso" em desempenhar um papel maior em um momento geopolítico turbulento, com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio como pano de fundo, bem como as tensões na península coreana e no estreito de Taiwan.

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