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No Brics, Mauro Vieira diz que não haverá paz sem Estado palestino independente

Ministro das Relações Exteriores viajou para a Cúpula do grupo no lugar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de outubro de 2024 às 13h42.

Última atualização em 24 de outubro de 2024 às 13h52.

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“Não haverá paz enquanto não houver um Estado palestino independente”, advertiu o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante seu discurso na 16ª Cúpula do Brics, realizada na cidade russa de Kazan nesta quinta-feira, 24.

Diante do presidente palestino, Mahmoud Abbas, o chanceler brasileiro disse que “não há justificativa” para os atos terroristas perpetrados pelo grupo Hamas, mas ressaltou que “a reação desproporcional de Israel tornou-se punição coletiva ao povo palestino”.

“Já foram lançados sobre Gaza mais explosivos do que os que atingiram Dresden, Hamburgo e Londres na Segunda Guerra Mundial”, lamentou Vieira, que também alertou que existe o perigo de o conflito se tornar “uma guerra total” agora que Israel começou a bombardear algumas áreas do Líbano.

Vieira destacou o papel de países como Egito, Catar e África do Sul, interessados ​​em resolver o conflito entre Israel e a Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que criticou a indiferença de outros Estados "que se arrogam defensores dos direitos humanos” e “fecham os olhos diante da maior atrocidade da história recente”.

Da mesma forma, o ministro ressaltou a importância de evitar também uma escalada do conflito na Ucrânia, posição que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia defendido ontem durante sua participação por videoconferência na abertura da cúpula.

“Precisamos de paz para voltar a nos concentrar nos maiores desafios do nosso tempo”, frisou o chefe da diplomacia brasileira no último dia da reunião anual do bloco.

Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo Bric em 2006, ao qual a África do Sul aderiu em 2010, acrescentando a letra S à sigla.

No ano passado, o bloco aprovou a entrada de Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Argentina e Arábia Saudita, embora o país sul-americano tenha posteriormente renunciado à adesão e o reino saudita ainda esteja avaliando a sua possível entrada.

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