Novas habilidades sociais podem ajudar jovens a conseguirem o primeiro empego e saírem da casa dos pais
Redatora
Publicado em 14 de junho de 2025 às 05h00.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, ao final do primeiro trimestre de 2025, 14,9% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam desempregados, mais que o dobro da média nacional de 7%.
Apesar desse ser o menor percentual registrado na série histórica para esse período, o número representa um aumento em relação ao trimestre anterior: no final de 2024, a taxa era de 12,9%.
Esses dados foram retirados da Pnad Contínua, uma pesquisa nacional por amostra de domicílios realizada periodicamente.
No entanto, para além dos números, a pesquisa indica outro fator: a pressão emocional e financeira sobre os pais da Geração Z.
Dados da própria Pnad mostram que o número de jovens que ainda moram com os pais vem aumentando. E boa parte deles, mesmo quando trabalham, têm ocupações informais ou com rendimentos baixos.
Essa tendência não é uma exclusividade brasileira. Segundo um levantamento da U.S. Census Bureau, 1 em cada 3 americanos entre 18 e 34 anos mora na casa dos pais.
Joanne Hsu, pesquisadora da Universidade de Michigan que estuda o assunto, explica, em entrevista à CNBC, que esse cenário é resultado de uma economia em recessão.
“Parte da razão pela qual vemos esta escalada de jovens adultos que não abandonam o ninho é esta ideia de que está cada vez mais difícil para eles resistirem aos choques”, diz a especialista.
Esses choques, segundo ela, são os desafios impostos pelo mercado de trabalho, como dificuldade para encontrar um trabalho sem ter experiência anterior ou salários não compatíveis com os custos de vida.
Hsu também afirma que, além de gerar preocupação quanto ao futuro dos filhos, esse cenário impõe gastos extras aos pais, já que, na maioria dos casos, não haviam se planejado financeiramente para continuar sustentando os filhos após a conclusão de seus estudos.
Para ajudar os filhos a saírem da estatística e entrarem no mercado de trabalho, muitas famílias têm buscado opções alternativas para complementar a educação formal.
Segunda Hsu, algumas das habilidades mais valorizadas pelos recrutadores são as chamadas soft skills: competências relacionadas ao comportamento pessoal. Alguns exemplos são inteligência emocional, trabalho em equipe, comunicação e proatividade.
Os pais podem ajudar os filhos a treinarem essas habilidades no dia a dia dentro de casa. Outra opção são treinamentos gratuitos oferecidos por empresas e organizações.
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