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Barragens comprometem quantidade e diversidade de peixes

A soma de pequenas barragens às grandes pode causar a extinção potencial de seis espécies, incluindo duas de bagre, barrigudinho, peixe-gato, peixe-anual e charutinho

Ameaça: no Brasil, o acréscimo de pequenas barragens às grandes reflete na diminuição das populações de peixes (Mauricio de Almeida/Agência Brasil)

Ameaça: no Brasil, o acréscimo de pequenas barragens às grandes reflete na diminuição das populações de peixes (Mauricio de Almeida/Agência Brasil)

Agência Fapesp
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Agência de notícias

Publicado em 16 de maio de 2024 às 12h32.

A fragmentação do hábitat tem efeitos dramáticos não só para animais terrestres, mas também para os aquáticos. Especialistas da Agência de Avaliação Ambiental e das universidades Radboud e de Leiden, na Holanda, e de Leipzig, na Alemanha, avaliaram o efeito de 31.780 barragens hidrelétricas em todo o mundo sobre a área de distribuição geográfica de 7.369 espécies de peixes de água doce.

Mais da metade das espécies perdeu parte das áreas onde viviam. Para 74 espécies de peixes do Brasil, China, Índia, Estados Unidos, África do Sul e costa leste do mar Adriático, mais de 50% da área de distribuição geográfica está potencialmente perdida, incluindo as de 18 espécies ameaçadas de extinção.

Potencial de perdas

O impacto das barragens pode duplicar ou quadruplicar quando se consideram barragens grandes e pequenas, em comparação com os efeitos apenas das grandes, com altura de pelo menos 15 metros (m).

No Brasil, a adição de pequenas barragens às grandes – especialmente nas bacias dos rios Amazonas, Tocantins e Paraná – amplia a perda da área de distribuição geográfica de 3,7% para 8,3%, reduzindo as populações de peixes em até 4.232 quilômetros quadrados (km2).

De acordo com esse estudo, a adição de pequenas barragens pode causar a extinção potencial de seis espécies, incluindo duas de bagre (Glanidium catharinensis e Hypostomus kuarup), barrigudinho (Cnesterodon omorgmatos), peixe-gato (Hemiancistrus megalopteryx), peixe-anual (Melanorivulus pinima) e charutinho (Characidium satoi), com áreas de ocorrência de até 1.500 km2 (Global Change Biology, 1º de fevereiro).

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