Lactalis tem vitória judicial, mas Itambé segue no limbo
Compra da fabricante mineira de laticínios Itambé pela companhia francesa estava suspensa há um mês
Gian Kojikovski
Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 20h56.
Última atualização em 15 de janeiro de 2018 às 22h13.
A Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) e a francesa Lactalis conseguiram uma vitória parcial sobre a transação da fabricante mineira Itambé . O desembargador Cesar Ciampolini, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, derrubou a liminar que travava a compra da participação da cooperativa na Itambé por parte da Lactalis, dando validade ao negócio.
A operação é questionada na Justiça pela Vigor, antiga sócia da (CCPR) na Itambé. Ela alega que a CCPR descumpriu um acordo de acionistas ao negociar com a Lactalis sem lhe dar o direito de preferência de compra. Mas esse é só o primeiro round. Agora, o negócio vai ser discutido em uma arbitragem. Na prática, o desembargador decidiu que até a deliberação arbitral, a Lactalis não poderá assumir o controle da Itambé, que continuará com a CCPR.
A Vigor, que pertencia ao Grupo J&F, foi comprada pela mexicana Lala Foods em agosto, em uma transação que também incluía a compra dos 50% da Itambé pertencentes à CCPR. O valor total era de 5,7 bilhões de reais. Nesse montante, 1,4 bilhão eram destinados a comprar 100% da Itambé – 700 milhões para a Vigor e 700 milhões para a CCPR. Mas, pelo acordo de acionistas assinado entre J&F e CCPR, as partes tinham direito de recompra pelo mesmo valor oferecido por um terceiro interessado.
Resultado: a cooperativa negou-se a vender sua parte e confirmou que iria adquirir o que pertencia à sócia por 700 milhões. No dia seguinte, no entanto, a cooperativa mineira vendeu 100% da Itambé para a Lactalis por um valor estimado em 1,9 bilhão de reais.
A Vigor, já nas mãos da Lala, quer anular o negócio alegando que deveria ter sido informada do interesse da Lactalis. A CCPR diz que o interesse surgiu após a compra dos 50% da ex-sócia e que a garantia que a empresa francesa deu para a compra de leite proveniente dos cooperados foi fundamental para a decisão.
A Vigor havia obtido uma vitória no final do ano passado, quando a Justiça suspendeu o negócio. Agora, a Lactalis e a CCPR conseguiram reverter parte dessa decisão. O parecer final sobre o negócio, no entanto, só será dado pela câmara de arbitragem, onde as partes haviam combinado decidir qualquer questão quando fecharam contrato.
A Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) e a francesa Lactalis conseguiram uma vitória parcial sobre a transação da fabricante mineira Itambé . O desembargador Cesar Ciampolini, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, derrubou a liminar que travava a compra da participação da cooperativa na Itambé por parte da Lactalis, dando validade ao negócio.
A operação é questionada na Justiça pela Vigor, antiga sócia da (CCPR) na Itambé. Ela alega que a CCPR descumpriu um acordo de acionistas ao negociar com a Lactalis sem lhe dar o direito de preferência de compra. Mas esse é só o primeiro round. Agora, o negócio vai ser discutido em uma arbitragem. Na prática, o desembargador decidiu que até a deliberação arbitral, a Lactalis não poderá assumir o controle da Itambé, que continuará com a CCPR.
A Vigor, que pertencia ao Grupo J&F, foi comprada pela mexicana Lala Foods em agosto, em uma transação que também incluía a compra dos 50% da Itambé pertencentes à CCPR. O valor total era de 5,7 bilhões de reais. Nesse montante, 1,4 bilhão eram destinados a comprar 100% da Itambé – 700 milhões para a Vigor e 700 milhões para a CCPR. Mas, pelo acordo de acionistas assinado entre J&F e CCPR, as partes tinham direito de recompra pelo mesmo valor oferecido por um terceiro interessado.
Resultado: a cooperativa negou-se a vender sua parte e confirmou que iria adquirir o que pertencia à sócia por 700 milhões. No dia seguinte, no entanto, a cooperativa mineira vendeu 100% da Itambé para a Lactalis por um valor estimado em 1,9 bilhão de reais.
A Vigor, já nas mãos da Lala, quer anular o negócio alegando que deveria ter sido informada do interesse da Lactalis. A CCPR diz que o interesse surgiu após a compra dos 50% da ex-sócia e que a garantia que a empresa francesa deu para a compra de leite proveniente dos cooperados foi fundamental para a decisão.
A Vigor havia obtido uma vitória no final do ano passado, quando a Justiça suspendeu o negócio. Agora, a Lactalis e a CCPR conseguiram reverter parte dessa decisão. O parecer final sobre o negócio, no entanto, só será dado pela câmara de arbitragem, onde as partes haviam combinado decidir qualquer questão quando fecharam contrato.