Mark Zuckerberg: Zuckerberg disse que a maior rede social do mundo começará a "implantar agressivamente a contratação remota", (Stephen Lam/Reuters)
Reuters
Publicado em 21 de maio de 2020 às 16h53.
Última atualização em 21 de maio de 2020 às 18h43.
O Facebook vai adotar o trabalho remoto permanente, mesmo após o afrouxamento das medidas de isolamento causadas pelo coronavírus, disse o presidente-executivo, Mark Zuckerberg, a funcionários nesta quinta-feira, acelerando a diversificação geográfica do setor de tecnologia para longe do Vale do Silício.
Zuckerberg disse que a maior rede social do mundo começará a "implantar agressivamente a contratação remota", esperando que cerca de metade de seus funcionários trabalhe remotamente dentro dos próximos cinco a 10 anos.
A empresa adotará uma abordagem mais calculada com os funcionários atuais, com base na sua função e desempenho, disse ele, e estabelecerá o prazo de 1º de janeiro de 2021 para que a equipe atualize a empresa sobre sua localização.
O Facebook, que já disse que vai manter os planos de contratar 10 mil engenheiros de produtos e funcionários este ano, também construirá três novos hubs em Atlanta, Dallas e Denver, onde os trabalhadores remotos dessas áreas podem se reunir ocasionalmente.
"Estes não são necessariamente escritórios", disse Zuckerberg, embora a empresa deva criar "algum tipo de espaço físico" para acompanhá-los. "A ideia para esses hubs é que queremos criar uma escala. Queremos focar a energia de recrutamento em algumas cidades onde podemos chegar a centenas de engenheiros".
Ele previu algumas economias ligadas a imóveis, alimentação e mão-de-obra, já que os altíssimos pacotes de remuneração do Vale do Silício serão ajustados se os funcionários do Facebook optarem por morar em regiões menos caras.
O efeito sobre os custos não é claro, disse Zuckerberg, já que a economia será parcialmente compensada por custos adicionais relacionados a viagens e tecnologias associadas à instalação de equipamentos de trabalho em casa.