(David McNew/Getty Images)
Você já acentuou graficamente forma verbal BATEM? Creio que não tenha dúvida. À visão técnica, o termo é paroxítono finalizado em EM.
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Partindo desse princípio, muitos estudantes, antes do Novo Acordo, viam-se em uma espécie de problema com as formas verbais CRÊEM, LÊEM, DÊEM.
Há alguns anos, tais formas verbais são enquadradas à regra dos termos paroxítonos e perderam esse circunflexo. São grafadas assim: CREEM, LEEM, DEEM.
De acordo com a excelente obra Escrevendo pela Nova Ortografia, com coordenação e assistência de José Carlos de Azeredo, vamos a um quadro comparativo do “antes” e “depois”:
Antes Depois
VÔO VOO
ENJÔO ENJOO
PERDÔO PERDOO
IDÉIA IDEIA
ESTRÉIA ESTREIA
ASSEMBLÉIA ASSEMBLEIA
HERÓICO HEROICO
CRÊEM CREEM
DÊEM DEEM
VÊEM VEEM
Podemos notar que, em relação à acentuação gráfica, a Reforma Ortográfica (ou o mais recente Acordo Ortográfico) enquadrou alguns termos à norma dos paroxítonos: não se acentuam graficamente os paroxítonos finalizados em A, E, O (pluralizados ou não) e EM / ENS.
Que história é essa dos paroxítonos? Em nossa Língua Portuguesa, não são acentuados graficamente os paroxítonos finalizados em A, E, O (pluralizados ou não) e EM / ENS: bola, mala, mole, bolo, coco, nuvem, item, itens, polens, jovens.
Viu como é importante saber o porquê da norma?
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DIOGO ARRAIS
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Professor de Língua Portuguesa