jovem em pé escrevendo (John Moore/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2014 às 12h00.
No mundo profissional, é muito comum surgirem dúvidas sobre o uso dos pronomes oblíquos átonos “o, a, lhe”. Não são raras construções como: “estamos aqui para agradecê-lo” ou “a decisão não os agradou”.
De acordo com a Gramática Tradicional, quando o verbo não exigir preposição, usa-se o pronome oblíquo “o” ou “a”. Caso exija (enquadrando-se como verbo transitivo indireto), usa-se o pronome oblíquo pessoal “lhe”. Vamos ao encontro de alguns exemplos?
“O bom gerente respeita todos os vendedores.”
Com o pronome e a reescritura:
“O bom gerente respeita-os.”
O citado verbo respeitar, para as vertentes da língua-padrão, é transitivo direto; não exige preposição; não se associa ao “lhe”.
No entanto, os verbos “agradecer” e “agradar” são transitivos indiretos; exigem preposição; associam-se ao “lhe”. Vejamos:
“O bom gerente agradou Aos funcionários.”
“O bom gerente agradeceu Aos funcionários.”
Mais uma vez, com o pronome e a reescritura:
“O bom gerente agradou-lhes.”
“O bom gerente agradeceu-lhes.”
Além disso, usamos muito os verbos chamados de biobjetivos (que exigem dois complementos ao mesmo tempo):
“Neste e-mail, o chefe agradece os serviços aos colaboradores.”
Gramaticalmente fiéis ao padrão, caso utilizemos os pronomes oblíquos átonos, teríamos:
“Neste e-mail, o chefe agradece-lhes os serviços.”
Ah! Agradeço-lhes também a atenção! Até a próxima!