Carreira

Você sabe o que é sentimento de dono? Veja como desenvolvê-lo na sua equipe

Diego Cidade, fundador da Academia do Universitário, explica como as lideranças estão diretamente relacionadas ao sentimento de dono nos times

 (scyther5/Thinkstock)

(scyther5/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2022 às 17h09.

Última atualização em 29 de setembro de 2022 às 17h21.

Por Diego Cidade, fundador da Academia do Universitário

Quando falamos de sentimento de dono, o que isso quer dizer? Essa expressão vem do inglês Ownership, que traduzido literalmente, significa “propriedade”. Entretanto, no contexto corporativo, a cultura de ownership está relacionada com o sentimento de pertencimento e engajamento dos colaboradores para atingirem metas e objetivos da empresa.

De forma mais simples, o sentimento de dono é quando uma empresa cria em seus funcionários uma mentalidade e desejo de envolvimento com o negócio muito parecida com a visão que o próprio dono teria, melhorando suas práticas diárias.

É o sonho de consumo de diversos líderes e gestores, mas engana-se quem pensa que apenas um ambiente legal ou alguns benefícios a mais despertarão esse sentimento nos funcionários. As pessoas que estão agora no mercado de trabalho também estão mais exigentes em relação ao ambiente de trabalho, não é à toa que estamos passando pela onda do “quiet quitting” nas empresas.

Em pesquisa realizada pela ThoughtExchage, com membros da geração Z, que estão entrando agora no mercado de trabalho, 92% dizem que é importante que sua empresa mantenha valores alinhados aos seus. Além disso, 85% valorizam trabalhar em uma empresa com uma missão que faz seu trabalho parecer importante.

Ou seja, cultura, valores e propósito têm muito impacto na forma que o funcionário estará performando e impactando o desenvolvimento da empresa.

Quais são as características de colaboradores com sentimento de dono:
– Autorresponsabilidade: assumir a responsabilidade e não culpar outros (inclusive times ou subordinados) por falhas;
– Organização: saber priorizar e executar;
– Ser adaptável: seguir planos, mas ao mesmo tempo ter flexibilidade e autonomia para adaptá-los;
– Ter boa comunicação: entender e explicar não apenas o que fazer, mas também por que fazer. Se não souber, descobrir;
– Saber trabalhar em equipe.

Como primeiro passo para alcançar esses funcionários, eu diria: Invista nas lideranças certas!

Aquela frase de que as pessoas não pedem demissão da empresa, mas sim do chefe, também está muito ligada à construção desse sentimento nos colaboradores. A partir de certo porte empresarial, envolver-se diretamente em todos os processos e decisões torna-se impraticável.

Agora, se desde a contratação de alguém houver essa cautela de escolher a pessoa que tenha o match com a empresa, a cultura de atitude de dono e os esforços serão multiplicados para outras lideranças e seus funcionários.

Em empresas pequenas, que estão em expansão, pode ser mais complicado em relação a manter os valores e propósitos da organização durante esse caminho de desenvolvimento. Entretanto, é um cuidado e investimentos que podem gerar resultados muito maiores no futuro, até porque, “criar” é bem mais trabalhoso do que quando esse sentimento já está inserido na cultura desde o início.

Inscreva-se e receba por e-mail dicas e conteúdos gratuitos sobre carreira, vagas, cursos, bolsas de estudo e mercado de trabalho.

Acompanhe tudo sobre:EngajamentoLiderançaRecursos humanos (RH)

Mais de Carreira

Carreiras quentes: veja as profissões que devem liderar as contratações em 2025

De geopolítica a autoajuda: os livros preferidos dos CEOs em 2024

Desenvolvimento de jovens talentos: 5 estratégias para preparar a geração do momento

Estas são as principais barreiras geracionais enfrentadas pelos jovens no trabalho