Livros: qual foi a última vez que você estudou gramática do português (Rostislav_Sedlacek/Thinkstock)
Por Diogo Arrais, professor de português (@diogoarrais)
A indeterminação do sujeito ocorre com o verbo na 3ª pessoa do plural, sem o agente exposto: Ouviram belas canções de Erasmo e Roberto.
Note que não há como acusar um determinado ser ou grupo, por “ouvir” belas canções.
Em outro momento, a indeterminação do sujeito acontece com a presença do termo “se” (e obviamente a não identificação do agente): Precisava-se de dois bons compositores para aquele disco.
Veja que o termo “de dois bons compositores para aquele disco” não pode exercer papel de sujeito, uma vez que sujeito dificilmente seria precedido por uma preposição. Como não houve, no exemplo citado, identificação do sujeito, o termo SE exerce função de índice de indeterminação do sujeito.
Um novo exemplo: Gostava-se de velhas obras literárias.
Note que, mais uma vez, não houve a identificação do sujeito. Portanto, o SE exerce papel de índice de indeterminação do sujeito.
Último exemplo: É-se bom em Cultura Geral.
Os termos BOM e CULTURA GERAL não podem exercer papel de sujeito. Mais uma vez, o SE exerce papel de índice de indeterminação do sujeito. Nesses casos mais recentes, o verbo não irá para o plural.
Para o termo SE ser classificado como pronome apassivador, ou partícula apassivadora, deve-se identificar o sujeito paciente e, também, a voz passiva:
Sujeito paciente; logo: Duas caixas de clássicos dos anos 80 são vendidas.
Sujeito paciente; logo: Imóveis próximos de Copacabana são alugados.
Sujeito paciente; logo: Documentos são plastificados.
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DIOGO ARRAIS
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Professor de Língua Portuguesa
Fundador do ARRAIS CURSOS