Feira de livros de Berlim (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 17h00.
Durante estas minhas sonhadas férias (termo que, aliás, deve concordar devidamente no plural), deparei-me com duas curiosas palavras em uma revista sobre Turismo: "chauvinista" e "cicerone".
Que é um sujeito "chauvinista"? O Chauvinismo define alguém que toma uma atitude extrema em defesa de seu país (por extensão de sentido ou de qualquer causa).
A expressão foi inspirada no soldado francês Nicolas Chauvin, condecorado por Napoleão Bonaparte, por sua bravura. Chauvin foi eleito como símbolo do soldado corajoso.
No entanto, autores teatrais começaram a zombar do fanatismo bélico de Chauvin e o termo "chauvinista" começou a ganhar conotação negativa. Para criticar o machismo da década de 70, foi criada a expressão "porco chauvinista".
Da série gente que virou palavra, nas importantes pesquisas do etimólogo Marcelo Duarte e do próprio Houaiss, deparei-me com a origem de "Cicerone".
Uma pessoa que faz as vezes de guia para turistas é chamada de cicerone. A palavra vem do nome do orador e estadista romano Marcus Tullius Cícero (106-43 a.C.), que personificava a eloquência e o conhecimento que se espera de um guia.
Por falar em "eloquência" (capacidade dos que se exprimem com facilidade), o termo - pelo Novo Acordo Ortográfico - não faz mais uso de trema. Anotemos: trema deixa de existir apenas em palavras de origem portuguesa.
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