São Paulo - Exigido na maioria dos processos seletivos, o inglês continua sendo uma lacuna importante na formação do executivo brasileiro.
Uma nova pesquisa da consultoria Talenses mostrou que 52% dos profissionais recrutados para cargos de alta e média gerência no país têm apenas nível básico na língua.
"O número é preocupante, porque falta de inglês é um fator eliminatório para a maioria das áreas", comenta Felipe Brunieri, gerente da empresa responsável pelo levantamento, que analisou 1.423 executivos.
Segundo ele, as causas para o problema são diversas. Quem trabalha em empresas brasileiras, por exemplo, acaba ficando com o idioma "enferrujado" pela falta de uso no dia a dia.
Em outros casos, a preocupação com outras qualificações, como a pós-graduação, subtrai tempo da rotina para investir no idioma.
O levantamento ainda apontou que os fluentes em inglês são pouco mais do que um terço. Enquanto isso, profissionais com inglês avançado ou intermediário, somados, não passam de 10%.
Não é o que diz a maioria dos candidatos no currículo. "Muitos falam que têm nível intermediário, mas na verdade têm apenas o básico", explica Brunieri.
Veja abaixo a tabela com a divisão dos executivos por nivel de domínio do idioma, segundo a avaliação "cara a cara" com os recrutadores:
Para Brunieri, afirmar que inglês é um pré-requisito no mercado de trabalho - e que o diferencial seria ter uma segunda língua estrangeira, como o espanhol - ainda não é um discurso realista no Brasil.
"Inglês ainda é diferencial sim", afirma ele. "É muito difícil encontrar profissionais com nível fluente no idioma, ainda mais em algumas áreas específicas, como TI, contabilidade e impostos".
Mas a situação está mudando - ainda mais com a crise econômica.
Segundo Brunieri, a necessidade de conter custos e fazer investimentos certeiros faz com que os empregadores se tornem mais rígidos na hora de contratar. "Cada vez mais profissionais têm percebido que se não correrem atrás do inglês, terão opções bem mais restritas de emprego", afirma.
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1. O perfil do brasileiro, segundo o LinkedIn
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1/9 (Flickr/Creative Commons/Nan Palmero)
São Paulo - Uma pesquisa global do
LinkedIn revelou algumas peculiaridades e contradições do
comportamento dos brasileiros no ambiente de trabalho. Para citar apenas um paradoxo: o Brasil é o 2º país que mais mistura contatos profissionais e pessoais na internet. No entanto, em todo o planeta, somos os mais preocupados com a opinião de nossos colegas de trabalho sobre o que postamos em
redes sociais. O estudo, intitulado "New Norms @ Work", ouviu 15 mil usuários do LinkedIn em 19 países, com o objetivo de revelar como as diversas nacionalidades constroem sua reputação profissional a partir de hábitos online e offline. Clique nas fotos para ver 7 fatos sobre os brasileiros revelados pelo levantamento.
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2. Colegas ou amigos?
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2/9 (Flickr//jasonahowie/CC)
Se você costuma adicionar colegas de trabalho em redes sociais como Facebook ou Instagram, não está sozinho. No Brasil, 40,9% dos profissionais não veem problemas na prática. Empatados com a Malásia, somos o 2º país mais propenso a misturar contatos pessoais e profissionais, perdendo apenas para a Indonésia (47,6%). A média mundial é de 33%. Mas toda essa aparente tranquilidade tem uma ressalva importante: os brasileiros são os mais preocupados do planeta (28,8%) com o que os colegas pensam a respeito do que eles publicam em seus perfis.
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3. Mais do que mil palavras
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3/9 (Thinkstock/Rawpixel Ltd)
Trocar regularmente a foto de perfil é uma preocupação para 27,1% dos brasileiros que estão no LinkedIn. A proporção não é tão alta se comparada a outros países, como a China, em que 38,1% das pessoas acreditam na importância da imagem para criar uma boa impressão inicial. O país mais preocupado com o assunto é a Indonésia (51,1%). Lá, dois em cada cinco profissionais visualizam a foto de perfil das outras pessoas antes de uma reunião.
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4. Não tem perfil? Adeus!
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4/9 (David Paul Morris/Bloomberg)
Segundo a pesquisa, 31,3% dos brasileiros disseram que não contratariam alguém que não tivesse perfil no LinkedIn. A média dos demais países é de 11,9%. Não é para menos: com 20 milhões de usuários, o Brasil é o 3º país mais presente no LinkedIn, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia.
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5. Informalidade x formalidade
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5/9 (Thinsktock/Hung_Chung_Chih)
No Brasil, mais da metade dos profissionais gasta alguns minutos na frente do guarda-roupa antes de sair para o trabalho. De acordo com o estudo, 54,7% dos brasileiros se vestem mais formalmente quando sabem que terão reuniões importantes ao longo do dia. A Índia é o país com o código de vestimenta mais formal (24%). Enquanto isso, os suecos são os menos adeptos às roupas tradicionais (3,2%).
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6. De olho nas roupas (delas)
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6/9 (Thinkstock/Jupiterimages)
Cerca de 25% dos profissionais ouvidos em 19 países pelo LinkedIn acreditam que mulheres são mais julgadas do que homens no trabalho quando o assunto é o vestuário. Ouvidas apenas as mulheres, 31,9% concordam com a afirmação. Entre as brasileiras, o número é ainda maior: 48% das entrevistadas têm essa percepção.
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7. Mentiras sobre demissões
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7/9 (Thinkstock/nito100)
Cerca de 70% dos brasileiros que estão no LinkedIn dizem que não mentiriam a respeito de demissões em sua trajetória. O cenário é bem diferente nos Estados Unidos. Lá, 56% dos usuários prefeririam esconder essa informação a fim de proteger sua reputação profissional.
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8. Cumpridores de ordens
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8/9 (Thinkstock/stokkete)
Entre os brasileiros entrevistados pelo LinkedIn, 57,1% tendem a aceitar ordens de superiores sem questioná-las. Apesar disso, 53,3% dizem que atualmente dialogam mais com seus chefes do que no início da carreira, e contribuem com opiniões e ideias. Globalmente, os funcionários mais obedientes são os suecos (64,7%). No outro extremo, estão os franceses: apenas 19,4% deles acatam decisões sem fazer perguntas ou ressalvas.
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9. Veja agora o que 13 estrangeiros pensam sobre trabalhar no Brasil
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9/9 (Getty Images)