Instituição deve abordar de forma diferente o aluno de graduação noturna, que tem envolvimento com trabalho antes dos colegas de outros turnos (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2011 às 11h11.
São Paulo - A Universidade de São Paulo (USP) finaliza o maior projeto de reformulação de seus cursos noturnos. É a primeira vez que a reitoria decide concentrar investimentos especificamente nessas graduações, que tiveram suas vagas ampliadas nos últimos anos. O plano, que deve custar cerca de R$ 23 milhões, dá prioridade à infraestrutura e à organização acadêmica e pretende frear a evasão nessas carreiras.
A taxa de evasão mais recente é de 2004, quando foi diagnosticado que 20% dos ingressantes desistiam da graduação - a maioria no primeiro semestre e no turno da noite. Atualmente, há um novo levantamento sendo realizado, no qual já é possível identificar que a evasão ainda é maior nos cursos noturnos.
O novo projeto é da Pró-Reitoria de Graduação e deve ser lançado nos próximos dias. "É um plano complexo, com várias fases, que demonstra que a USP entende a necessidade de os cursos noturnos serem suportados de maneira especial", afirma a pró-reitora de graduação, Telma Zorn.
A fase um do projeto visa à recuperação dos espaços didáticos. Todas as 43 unidades da USP, de todos os câmpus, serão beneficiadas com uma verba de R$ 195 mil cada uma - quantia suficiente para revitalizar seis ou sete salas de aula. Dessas escolas, as 27 com cursos noturnos receberão, além dessa quantia, um montante de acordo com o seu número de alunos.
A fase dois foca no âmbito acadêmico. As unidades serão convocadas a apresentar propostas para desenvolver o interesse dos alunos e a analisar os dados de evasão desses cursos. A USP entende que o aluno da noite merece um outro olhar porque tem um perfil diferenciado: muitos trabalham e têm outras atividades durante o dia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.