Robô inteligência artificial lendo livro (Getty Images)
Content Writer
Publicado em 28 de maio de 2025 às 10h58.
Última atualização em 28 de maio de 2025 às 11h02.
A inteligência artificial já deixou de ser tendência para se tornar uma realidade no mercado de trabalho — inclusive nos processos seletivos.
Herman Ko, ex-banqueiro do JPMorgan e hoje diretor de programa da startup Career Hackers, trabalha com o desenvolvimento de avaliações de contratação baseadas em IA. Segundo ele, a tecnologia já é usada em entrevistas por vídeo, testes psicométricos e redações para filtrar candidatos com mais agilidade e precisão. As informações foram retiradas do Business Insider.
Para os profissionais, isso muda tudo. Não basta mais ter um bom currículo: é preciso saber como se comportar diante de uma avaliação conduzida por uma máquina. Em um processo altamente competitivo — como o de bancos de investimento e empresas de elite — a inteligência artificial decide, em segundos, se um candidato avança ou é descartado.
Ko alerta que os primeiros 30 segundos de uma entrevista por vídeo, por exemplo, são decisivos. É nesse curto espaço de tempo que algoritmos e avaliadores humanos medem fatores como confiança, clareza e autenticidade. Introduções fracas ou genéricas comprometem toda a avaliação. “Ter uma introdução muito sólida pode causar uma impressão duradoura”, afirma.
Outro ponto crítico é a originalidade das respostas. A IA é treinada para identificar discursos repetitivos e pontuações que indicam pouco aprofundamento. “Você precisa pensar no que o candidato médio dirá — e fugir disso”, diz Ko. Ferramentas de IA comparam as falas com bancos de dados e ranqueiam as respostas de acordo com sua qualidade.
Mesmo a imagem conta. A aparência do candidato, o ambiente em que grava a entrevista e até a roupa usada são elementos analisados. Empresas pedem perfis baseados nesses aspectos. “Evite camiseta polo e fundo bagunçado. Vista-se de forma exagerada, nunca de menos”, recomenda Ko.
Mas talvez o maior erro seja tentar burlar o sistema usando a própria IA. Ko afirma que algoritmos já detectam respostas geradas por ferramentas como ChatGPT. “Há padrões de linguagem únicos. Até exemplos são idênticos entre candidatos”, diz. Tentativas mais sofisticadas, como o uso de deepfakes, também estão sendo combatidas com tecnologias de reconhecimento facial.
Ko resume bem a mudança: muitos candidatos ainda se preparam apenas para entrevistas com pessoas. Mas, se não passarem pela triagem feita por IA, nem chegarão até lá. Dominar essas ferramentas e adaptar-se a elas virou parte essencial da carreira.
Para aqueles que desejam começar uma carreira no mercado de IA, há uma notícia boa: a EXAME, maior plataforma de negócios do Brasil, se une à Saint Paul, uma das melhores escolas de negócios do mundo, para apresentar o Pré-MBA em Inteligência Artificial para Negócios, um treinamento virtual e com certificado que revela o caminho para conquistar uma carreira nesse setor.
Durante o treinamento, os alunos irão:
Todo esse conteúdo, que soma três horas de duração, está distribuído em quatro aulas 100% online (sendo a última delas ao vivo), que misturam fundamentos teóricos e práticos. O investimento é de R$ 37,00.