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Um novo curso superior de engenharia está sendo criado pela USP

Nova habilitação que está sendo estruturada pela Poli-USP é inédita no Brasil e chega para formar o engenheiro do futuro

Engenheira: tema da complexidade em engenharia é alvo de pesquisa em universidades estrangeiras (chombosan/Thinkstock)

Engenheira: tema da complexidade em engenharia é alvo de pesquisa em universidades estrangeiras (chombosan/Thinkstock)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 16 de abril de 2018 às 15h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 12h04.

São Paulo - Inédito no Brasil, o curso de Engenharia da Complexidade é a proposta da Escola Politécnica (Poli) da USP para formar o engenheiro do futuro: um profissional capaz de propor soluções em ambientes de alta complexidade. Alguns dos detalhes foram apresentados em colóquio na Poli, no começo do mês.

Com metodologia de ensino/aprendizagem por projetos, o curso irá de encontro à prática corrente da ciência e da engenharia de enxergar sistemas e suas partes separadamente. A ideia é que ele seja oferecido a turmas anuais no campus da cidade de Santos (SP), com duração de cinco anos, mas não há previsão de início.

Um dos exemplos dados para explicar a ação do engenheiro de complexidade foi a construção de um túnel ou de um viaduto em que fosse levado em conta o impacto da obra de maneira ampla: tanto na economia, quanto no ambiente urbano e na população em si.

A palavra chave da engenharia de complexidade é integração de conhecimentos de outras áreas da engenharia e também da ciência para oferecer soluções de deem conta dos mais diversos aspectos de um problema.

Habilitação vem para somar conhecimentos

Sua proposta não é substituir outras habilitações de engenharia e, sim, somar, segundo o professor Laerte Idal Sznelwar, do departamento de Engenharia de Produção da Poli, coordenador do grupo de trabalho que está estruturando a nova habilitação

Novidade no Brasil, a engenharia da complexidade já é tema de pesquisa em universidades estrangeiras como a de Calgary (Canadá), Imperial College e Oxford (Reino Unido), Sidney (Austrália), Stanford e o MIT (Estados Unidos).

Mas é no Japão que o tema, segundo disse o professor de engenharia naval, Bernardo Luis Rodrigues de Andrade, durante o colóquio, que o tema ganha mais destaque já que na Universidade de Tóquio há um departamento de Ciência e Engenharia da Complexidade. Na opinião do professor, o Brasil está atrasado no assunto.

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