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Um guia básico para fazer boas redações em concursos

Especialista do Damásio Educacional fornece algumas dicas essenciais para quem precisa fazer uma redação argumentativa no concurso público

mulher escrevendo na agenda (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 15h41.

Resposta de Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional *

Como desenvolver uma redação argumentativa coerente no concurso público?

Primeiramente, o candidato precisa de escolher o cargo almejado: área fiscal, policial ou bancária, por exemplo.

Após tal escolha, é preciso escrever. Nas primeiras semanas, com simples parágrafos; logo após, textos praticamente diários. Os assuntos estabelecidos devem ser exatamente os temas daquela área - já cobrados ou não - e questões que evocam a atualidade.

Com aulas mais tecnológicas, há um certo desprezo a lápis, a borrachas, a canetas. Lembremo-nos de um ponto: na hora da prova, a escrita será à tinta preta ou à tinta azul. Sendo assim, procure praticar, cronometrar o tempo que leva para redigir o texto, exatamente na folha da banca examinadora, com letra legível (diferenciando maiúsculas de minúsculas).

Um outro ponto lugar-comum é em relação à estrutura introdução-desenvolvimento-conclusão. Sim! Em trinta linhas, é mais fácil organizar assim a dissertação-argumentativa (sem obviamente estabelecer número exato de linhas para cada parágrafo). Use o bom senso e respeite as instruções do caderno de prova.

Inicia-se o texto, geralmente, com um conceito objetivo sobre o tema. Exemplo: em uma redação sobre a lei 8112/90, o escritor pode conceituá-la sob o ponto de vista jurídico. Isso dará uma excelente margem para a citação dos exemplos.

Sabe o que, de fato, credencia boa nota ao desenvolvimento da argumentação? O índice de comprovações. Para convencer, é interessante que o candidato use referências bibliográficas: números, pesquisas, autores conhecidos, doutrinas, relações históricas, literárias, biológicas, atualidades.

Para os recentes concursos, não adianta dar uma de “esperto” e simplesmente inventar o texto, usando aqueles clichês: “desde os tempos remotos, o homem sempre se questionou quanto à sua essência...” ou conclusões como “é importante que, cada vez mais, saibamos escolher os políticos competentes para que o futuro seja de glória...”. O efeito certamente será o contrário e o examinador penalizará o redator de algo tão abstrato.

A conclusão do texto? Com apresentação de uma possível solução dos problemas ou mesmo uma visão futurística, profissional, sobre o tema em questão.

O importante é posicionar-se como alguém que conhece o tema; alguém que demonstra o hábito da escrita, usando eficientemente o número de linhas proposto, com a exposição de referências bibliográficas que remontem ao seu histórico acadêmico, científico.

Ah! Não se esqueça daquela bela revisão sobre pontuação, ortografia, regência, concordância. 

Um abraço, até a próxima e siga-me pelo Twitter!

Diogo Arrais é professor de língua portuguesa do Damásio Educacional e autor gramatical pela Editora Saraiva. 
 

Quer participar do dicas de português? Então, envie suas dúvidas para o e-mail examecarreira@abril.com.br

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