Aula de Philip Kotler na HSM Educação: a distância e no tablet (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2013 às 13h52.
São Paulo - Entre as escolas de negócio, a aposta é de que o Master in Business Administration (MBA) do futuro seja um programa que combine atividades em classe com tarefas feitas online.
.Em pesquisa realizada em maio deste ano com reitores de 200 instituições internacionais que participam da Amba, entidade americana que confere selos de qualidade a cursos presenciais de MBA, mais da metade deles apontou esse modelo híbrido como o formato que mais crescerá nos próximos anos.
Nesse tipo de curso, o estudante cumpre a maior parte do estudo a distância, mas participa de algumas atividades na sala de aula de maneira mais formal. “O espaço de aprendizado mudou, o conhecimento não cabe mais naquele quadrado chamado sala de aula”, diz Olavo Henrique Furtado, coordenador de pós-graduação da Trevisan Escola de Negócios, de São Paulo.
Hoje, é possível encontrar recursos como tablets no lugar de caderno e caneta, lousas eletrônicas, fóruns e chats de discussão virtual e videoaulas. Nos cursos presenciais brasileiros, a tecnologia é usada principalmente para complementar o conteúdo de sala de aula.
Algumas instituições utilizam ferramentas eletrônicas para deixar disponíveis leituras e outros conteúdos ao aluno, como forma de prepará-lo para a discussão que ocorrerá posteriormente em classe.
Por trás da adoção de novas tecnologias, há uma necessidade de aproximar o ambiente de estudo da realidade do trabalho dos profissionais. “Quando usamos um ambiente virtual, colocamos o executivo na mesma situação que ele vive na empresa”, diz Carlos Longo, diretor executivo da HSM Educação, de São Paulo, uma das escolas mais recentemente criadas no Brasil, que tem como marca registrada de seus cursos as videoconferências com gurus mundiais de gestão, como Philip Kotler e David Ulrich.
Entre especialistas, o consenso é que o bom uso da tecnologia na educação ocorre quando esses recursos acrescentam algo ao programa pedagógico, criam novas formas de pensar ou ampliam a possibilidade de interagir com realidades diferentes. A característica do mau uso é a reprodução indiscriminada de conteúdo, sem possibilidade de troca intelectual.
“A questão é como aplicar tecnologia adequadamente à educação”, diz Olavo. Em outras palavras, a tecnologia serve para ajudar um bom método de ensino, mas não pode ser a protagonista.