Carreira

Como trabalhar para um empresa estrangeira (em dólar) sem sair do Brasil

Muitos profissionais brasileiros, como o empresário acreano, Junior Maciel, estão trabalhando da sala de casa e ganhando em dólar. Descubra como.

O número de brasileiros que estão trabalhando de casa e ganhando em dólares aumenta cada ano (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O número de brasileiros que estão trabalhando de casa e ganhando em dólares aumenta cada ano (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) muitas empresas estrangeiras começaram a contratar brasileiros para trabalhar remotamente.

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Muitos profissionais locais aproveitaram da pandemia para começar a prestar serviços para companhias localizadas no exterior, ganhando salários em dólares ou euros. E tudo isso, sem sair da própria casa.

Um fenômeno que está interessando principalmente profissionais do setor de tecnologia, que graças ao câmbio ainda favorável conseguem uma remuneração quatro vezes superior a quanto ganhariam no Brasil: cerca de R$ 20 mil por mês.

O volume de contratações foi tão elevado que começou a atrair empresas especializadas em recrutamento internacional, como a Deel, ou a Revelo.

Mesmo no final da pandemia, o crescimento das contratações de brasileiros por empresas estrangeiras continua em um ritmo superior a dois dígitos.

Mas como concorrer a uma vaga em uma empresa internacional?

Quais são as cinco principais competências necessárias?

Veja as cinco competências para trabalhar com empresas do exterior

  • Primeiramente, maturidade.

Antes de qualquer competência técnica, é preciso um elevado grau de maturidade profissional para trabalhar 100% em regime de home office, com chefes que ficam há milhares de quilômetros de distância.

E isso, muitas vezes, vai além da experiência ou do tempo de carreira e é mais ligado ao perfil de cada profissional.

  • Segundo pré-requisito: falar inglês fluente.

Sem ter a capacidade de se comunicar com a chefia lá fora, não é possível exercer as funções profissionais que são requeridas.

  • Terceiro ponto: flexibilidade.

Trabalhar com empresas estrangeiras pode significar ter que acordar às quatro da manhã para uma reunião ou trabalhar noite adentro para seguir um seminário.

Isso tudo, claro, sem sair de casa. Mas mesmo assim é uma prova de resistência.

  • Quarto: organização.

A maioria das empresas que contratam funcionários remotamente não impõem horários de trabalho. O importante é a entrega. Mas isso fica por conta do profissional, que deve, portanto, ser organizado. Principalmente dividindo entre as demandas do trabalho e a vida pessoal.

  • Quinto: competência

É preciso saber fazer algo que as empresas precisem. Elas são a demanda, você a oferta de trabalho. Portanto, é necessário focar em ter um currículo sólido. E também ter foco na escolha das vagas. Sem enviar candidaturas para todos os lugares que aparecem na internet.

Outra possibilidade é criar seu próprio CNPJ e começar a prestar serviços para outras empresas estrangeiras.

Acreano Junior Maciel conseguiu o sonho de trabalhar remotamente (e ganhar em dólar)

Esse é o caso do empresário acreano, Junior Maciel, cofundador e CTO do Grupo Genyus, empresa baseada em São José dos Campos (SP), com clientes no mundo inteiro.

Maciel é um caso típico de profissional brasileiro que conseguiu interceptar essa nova tendência do mercado do trabalho.

Nascido em Senador Guiomard, povoado de 22 mil habitantes no estado do Acre, e desde cedo apaixonado por games, Maciel se tornou programador.

Hoje desenvolve softwares focados em UX que facilitam a experiência dos usuários ao redor do mundo.

"É gratificante poder trabalhar para clientes do mundo inteiro graças ao meu conhecimento, e sem ter que sair do Brasil", explicou à EXAME.

Segundo ele, os jovens que têm como objetivo entrar nessa onda tecnológica devem principalmente "estudar" e "buscar conhecimento todos os dias".

"As tecnologias não param de se aprimorar, e se você não evoluir junto com elas, em breve estará fora do mercado", diz Maciel.

Mas, segundo ele, um diploma não é requisito fundamental.

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"Eu entrei na Faculdade Federal do Acre (UFAC) para cursar Engenharia de computação. Porém, logo percebi que não estava feliz com o ambiente acadêmico. Por isso, em 2009 deixei a faculdade e comecei a estudar programação sozinho. E ainda hoje estou sempre muito atento com todas as novidades do mercado tecnológico", salienta o empresário.

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