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Tivesse ou estivesse, quando usar?

Professor Reinaldo Passadori explica a diferença entre as formas verbais ter e estar, quando conjugadas no pretérito imperfeito do subjuntivo

Pessoa estudando com livros (Getty Images)

Pessoa estudando com livros (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 12h36.

* Respondido pelo professor Reinaldo Passadori

Na língua portuguesa dúvidas são recorrentes. Dessa forma, o que pode parecer um assunto raso e/ou óbvio para um, é complexo para o outro. Levando até mesmo a ocorrência de erros gramaticais. O emprego correto das palavras exige muito estudo e destreza. Ainda mais em dias como os de hoje, em que escrever de qualquer jeito virou mais um “jeitinho brasileiro”.

Tivesse ou estivesse são palavras que existem na língua brasileira e ambas estão corretas. Trata-se de formas verbais conjugadas na 1ª ou na 3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do subjuntivo. Porém, falamos de dois verbos distintos. 

Pretérito imperfeito do subjuntivo:

Verbo ter:

(Se eu) tivesse
(Se tu) tivesses
(Se ele) tivesse
(Se nós) tivéssemos
(Se vós) tivésseis
(Se eles) tivessem

Pretérito imperfeito do subjuntivo:

Verbo estar:

(Se eu) estivesse
(Se tu) estivesses
(Se ele) estivesse
(Se nós) estivéssemos
(Se vós) estivésseis
(Se eles) estivessem

Logo abaixo cito alguns exemplos de como empregar corretamente esses dois verbos:

Ter:

“Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria.” (Charles Chaplin)

“A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda." (Mario Quintana)

Estar:

“Há quem defenda os seus erros como se estivesse a defender uma herança.” (Edmund Burke)

"Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo." (Clarice Lispector)

Logo, finalizo o artigo lembrando que as distrações acontecem, na maioria das vezes, pelo fato de, comumente, as pessoas utilizarem tivesse ou tivessem quando deveriam usar estivesse/estivessem. Por isso, toda atenção é fundamental para que não caiamos nas armadilhas das distrações.

Até a próxima!

Reinaldo Passadori - Professor e CEO do Instituto Passadori, especialista em Desenvolvimento Humano e Comunicação Verbal. É autor dos livros: “Comunicação Essencial - Estratégias Eficazes para Encantar seus Ouvintes”, “As 7 Dimensões da Comunicação Verbal”; “Media Training - Comunicação Eficaz com a imprensa e a Sociedade" - (Editora Gente) e “Quem não Comunica não lidera” – (Editora Atlas).
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