Mulher em dúvida: Novo Acordo Ortográfico desprezou diversos casos do hífen (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2016 às 13h58.
Como diz a professora e escritora Dad Squarisi: “Os casos de hifenização são de infernização!”. Tem toda a razão. Não há um padrão, não há uma lógica para o uso do “bendito” sinal.
Um verdadeiro quiproquó ocorre com o prefixo “sub”. Eis a recomendação ortográfica: usa-se o hífen quando os prefixos AB, OB, SOB, SUB aparecerem antes de B, H ou R. Exemplos: “sub-hemisférico”, “sub-hepático”, “sub-rogar”, “sub-rogado”; “subnutir”, “suboficial”, subordem”.
Por que, então, são ainda registradas oficialmente as formas “sub-humano” e “subumano”? Por que “sub-raça”, “sub-região” e “subraji”?
Nos manuais ortográficos, todas as vezes que aparece a palavra “sublinhar” está lá a recomendação: apesar de o termo ser grafado sem o uso de hífen, a pronúncia deve ser “sub-linhar”. Não seria mais fácil para o usuário da Língua já registrar a palavra com o uso de hífen?
Na semana passada, por exemplo, conversava com um importante advogado sobre isso: palavras como “sublinhar”, “sublocar”, “sublocado” (que não fazem uso de hífen) têm tudo para uma verdadeira infernização na escrita e na pronúncia.
Infelizmente, o mal-educado Novo Acordo Ortográfico desprezou diversos casos do hífen.
Quem, por exemplo, nunca enfrentou problema envolvendo “SUB” e palavras iniciadas por “S”? Subsídio, subsidiar, subsequência – na pronúncia – só podem ter o som de S, de acordo com o padrão. Lembremo-nos sempre de “subsídio” e “subsolo” – tudo com som de S.
Nada disso ocorreria se houvesse a hifenização para todos os casos de SUB, facilitando para o usuário da língua pronúncia e grafia.
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