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Tendência em universidades da Europa é ruim para brasileiros

Mudança em universidades alemãs segue a linha do que já aconteceu em países como Finlândia, Dinamarca e Suécia

Formando:  (excentric_01/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 09h12.

Última atualização em 19 de janeiro de 2018 às 11h52.

As universidades da Alemanha são conhecidas mundialmente, não apenas por seu ensino de ponta, mas também por oferecer formações de graça inclusive para estudantes estrangeiros. O cenário, porém, está mudando. No início deste ano, o estado de Baden-Württemberg anunciou seus planos de reintroduzir taxas de anuidade para estudantes de fora da União Europeia, iniciando a cobrança já na última turma, que iniciou os estudos em setembro de 2017.

Os estudantes de países de fora da União Europeia (incluindo o Brasil) terão de pagar aproximadamente 1500 euros por semestre (cerca de 6 mil reais), totalizando 3 mil euros por ano. Apesar de não ser mais de graça, vale a pena ressaltar que estes valores ainda são significativamente mais baixos que os cobrados em muitas outras partes do mundo – como Estados Unidos e Reino Unido. Além disso, vale ressaltar que nem todas as universidades alemãs adotarão as taxas (por enquanto).

Quais universidades da Alemanha são afetadas?

Apenas as universidades localizadas no estado de Baden-Württemberg serão afetadas – entre elas, universidades de grandes cidades como Stuttgard e Heidelberg. Entre elas, estão a Universidade de Friburgo, a Universidade de Stuttgard, a Universidade Heidelberg e o KIT – Karlsruher Institut für Technologie.

Mesmo nestas instituições, alguns estudantes serão isentos de pagar as taxas de anuidade, entre eles:

Refugiados com o direito de ficar na Alemanha
Estudantes internacionais com status de residente permanente na Europa
Estudantes atualmente matriculados nas universidades afetadas

Por que a cobrança foi introduzida?

O estado de Baden-Württemberg eliminou a cobrança de estudantes internacionais em 2011. Porém, a decisão de reintroduzi-las visa ajudar as universidades da Alemanha a cobrir custos operacionais – o país atualmente hoje acumula débitos de cerca de 48 milhões de euros em ensino superior. Em resumo, o ministério da educação não conseguiu bancar com a gratuidade de ensino para todos os alunos.

E o que isso quer dizer? A não ser que esta mudança seja revogada por conta de protestos ou mobilizações políticas, é possível que outros estados alemães reintroduzam as taxas de anuidade nos próximos anos – com o objetivo de reduzir o deficit do ensino superior no país. Ainda há, por outro lado, a possibilidade de mais bolsas de estudo serem ofertadas para ajudar os melhores candidatos não-europeus a estudarem no país.

Outros países europeus que passaram a cobrar anuidade

Em 2016, o governo da Finlândia anunciou que passaria a cobrar taxas de estudantes internacionais. Dinamarca e Suécia já tinham implementado as taxas em 2006 e 2011. O único país nórdico a manter a anuidade gratuita para todos os estudantes é a Noruega – que, por sinal, não faz parte da União Europeia.

  • Este artigo foi originalmente publicado pelo Estudar Fora, portal da Fundação Estudar
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