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Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2013 às 16h48.
São Paulo - Todo fim de ano as estatísticas de emprego registram picos de contratação. De olho nas vendas do Natal, segmentos da indústria e do comércio aumentam seu efetivo. Este ano não será diferente. A mão de obra temporária é formada, principalmente, por profissionais do nível operacional.
Há, no entanto, outra categoria de trabalhadores se beneficiando dos empregos por tempo determinado: os executivos. Nesse caso, a contratação é para assumir projetos de até 12 meses. Nos últimos dois anos, as organizações têm recrutado executivos temporários por motivos pontuais.
Durante a crise de 2008, para cortar gastos e reverter resultados negativos. Desta vez, a busca de gestores interinos está relacionada às perspectivas de crescimento do país.
No caso das multinacionais, há pressa para dar início à operação por aqui. No caso das nacionais, a urgência é aumentar a participação no mercado. Dois outros motivos justificam essa busca: a falta de gente qualificada e a ausência de tempo para capacitar no curto prazo. Quem são os empregadores?
"Tratam-se de empresas de médio e grande porte que querem alguém pronto, com conhecimentos específicos e que dê retorno imediato", diz Aline Freitas, gerente da consultoria Michael Page, que desde o ano passado recruta interinos a pedido das companhias no Brasil.
As consultorias Michael Page e Robert Half adotam o modelo de contrato em que o interino é pago por elas. Juntas, têm 170 profissionais atuando como temporários. No momento, a Michael Page tem 25 vagas em aberto e a Robert Half, 54. "Temos demanda principalmente na área de finanças e contabilidade", diz Sócrates Melo, gerente da Robert Half.
"É bom lembrar que essa não é uma atividade que serve de ponte entre contratos convencionais de emprego", diz Plínio Cerqueira, diretor da CL Executive Search & Interim Management, que registrou crescimento de 30% desse serviço em relação a 2009.
Entre as habilidades que esse profissional precisa ter estão o bom relacionamento interpessoal, capacidade de gerenciar conflitos e flexibilidade para mudar de ambiente de trabalho e também de cidade.
Apesar de as maiores demandas estarem no Sudeste, cidades de outras regiões, como Porto Alegre, também têm vagas para esse profissional. "A demanda por esse serviço já cresceu cerca de 14%", diz Flávio Nascente dos Santos, diretor da AST Facilities, que procura engenheiros e gestores de qualidade nos ramos de metal-mecânico, serviços e agronegócio.