Tamara Klink: atravessou o Oceano Atlântico sozinha em uma jornada que revela lições de liderança e autoconhecimento (Arquivo Pessoal/Reprodução)
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Publicado em 10 de julho de 2025 às 11h21.
Em alto-mar, Tamara Klink descobriu muito mais do que rotas náuticas. Aos 28 anos, a navegadora — filha do também explorador Amyr Klink e da fotógrafa Marina Bandeira Klink — acumulou não apenas milhas náuticas, mas vivências que a prepararam para enfrentar os grandes desafios da vida (e do trabalho).
Sozinha em embarcações pequenas, enfrentando mares congelados e dias sem ver ninguém, ela entendeu na prática o valor do erro, da vulnerabilidade e da confiança. Para Tamara, a preparação não vem do acúmulo de títulos ou da certeza do acerto, mas da familiaridade com os próprios erros.
Tamara não romantiza o erro, mas o respeita como ferramenta de aprendizado. “A preparação vem do erro”, reforça. Para ela, falhar é inevitável, mas repetir os mesmos erros é opcional. “A gente precisa errar sempre, mas erros novos”, brinca, com a sabedoria de quem já enfrentou o risco real da morte ao cair em águas geladas e teve que confiar na própria experiência para sobreviver.
Para a liderança, confiar apenas em quem parece perfeito pode ser perigoso. A maturidade, segundo ela, está justamente em reconhecer o que se aprendeu com os tropeços e como eles moldam a tomada de decisões.
“Eu nunca estou preparada para os projetos que quero realizar. É por isso que eu me preparo", conta. Para ela, líderes não precisam chegar prontos, perfeitos e irretocáveis às posições que ocupam. Em vez disso, ela prefere dividir grandes desafios em pequenas etapas, aprender com quem tem mais experiência e admitir as próprias limitações.
Esse pensamento é especialmente potente para mulheres, que, segundo ela, muitas vezes sentem que precisam provar o dobro para ocupar espaços de poder. Tamara mostra que não é necessário ter todas as respostas antes de começar — o essencial é estar disposta a aprender no caminho.
Durante longos períodos isolada em alto-mar, Tamara aprendeu a valorizar o silêncio e a escuta interna. “A gente precisa, de tempos em tempos, fingir que morreu por uma semana, desaparecer. Não para fugir do mundo, mas para descobrir o que ainda vive dentro da gente”, disse. É nessa solitude que nascem as decisões mais honestas — inclusive as relacionadas à liderança.
Dar-se o direito de estar só, de lembrar e de sentir, é parte fundamental do amadurecimento. “A gente não precisa do outro para definir o que é prazer. Às vezes, é só sentir o sol no rosto ou andar até os barcos do outro lado da praia”, contou. Para liderar, é preciso primeiro saber o que nos satisfaz de verdade — e isso só se descobre quando há espaço para escutar a si mesma.
O livro Nós — O Atlântico em Solitário, de Tamara Klink (Companhia das Letras/Divulgação)
Em momentos extremos — como enfrentar tempestades ou dormir por poucos minutos em águas perigosas — Tamara diz que a confiança nas decisões tomadas anteriormente é o que a mantém viva. “Quando eu durmo, confio nas escolhas que fiz antes, nas pessoas que me ajudaram, nos conselhos que recebi", explica. Essa confiança prévia, construída com base em preparação e apoio, é o que permite que ela descanse, mesmo em contextos de risco.
No ambiente corporativo, liderar também é confiar nas equipes, nos processos e em si mesmo. E, sobretudo, aceitar que o controle total é uma ilusão.
Apesar de ser conhecida por enfrentar o oceano sozinha, Tamara rejeita a ideia de autossuficiência. “Eu sempre busco estar cercada de pessoas que viveram mais do que eu, que erraram mais do que eu. Isso me ajuda a estar menos imatura para os desafios.” Liderar, para ela, é saber que ninguém faz nada sozinho — e que isso exige escutar, aprender, dividir e seguir.
Para aqueles que desejam avançar na carreira, a lição é clara: preparação, iniciativa e um forte posicionamento são fatores-chave para conquistar a confiança dos recrutadores e garantir um lugar de destaque no mercado de trabalho.
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