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Soneca antes da prova dá mais resultado do que revisar o conteúdo

E tem mais: se o exame for aplicado muito tempo depois da exposição ao conteúdo, revisar na última hora é tão eficaz quanto largar tudo e assistir TV

Estudo: uma mente descansada provavelmente está mais “fresca” e preparada para aprender (Thinkstock)

Estudo: uma mente descansada provavelmente está mais “fresca” e preparada para aprender (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 15h38.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 18h40.

Na semana de um dos maiores vestibulares do país, é hora de priorizar o sono. Isso porque, de acordo com um estudo realizado em Cingapura, um cochilo vai te ajudar mais do que dar aquela revisada final no conteúdo antes da prova.

O estudo recrutou 72 pessoas para fazer uma prova de verdade sobre 12 espécies de formigas e caranguejos. A experiência começou com uma aula de 1 hora e 20 minutos detalhando a vida desses animais, da dieta até o habitat de cada um.

Os alunos tiveram uma hora de intervalo antes de uma segunda aula de 1 hora e 20. No fim da segunda sessão, eles enfrentaram uma maratona de provas: 360 questões sobre os animais (e você reclamando do Enem).

O alvo do estudo era esse pequeno intervalo de uma hora. Os participantes foram divididos em 3 grupos: um deles ficou revisando o conteúdo entre as aulas, o outro viu um filme e o terceiro tirou uma soneca.

As melhores notas do estudo foram tiradas pelo grupo que dormiu entre as aulas. Os pesquisadores atribuem o resultado a dois motivos principais: uma mente descansada provavelmente está mais “fresca” e preparada para aprender – e os estudantes, afinal, encararam ainda 80 minutos de aula antes da prova.

Outra explicação é o fato de que dormir ajuda o cérebro a processar as memórias e consolidar o que aprendemos no dia. Mesmo um cochilo curto pode dar um impulso maior para a memória, acreditam os cientistas.

Um semana depois das aulas, os alunos refizeram a prova. As melhores notas continuaram na conta dos dorminhocos, apesar das notas médias de cada grupo serem bastante parecidas.

Essa segunda etapa também teve um resultado curioso: deu empate técnico entre quem estudou correndo e quem ficou vendo filmes.

Aquele intervalo de estudo e revisão imediatamente antes da prova até ajudou no curto prazo mas, uma semana depois, o efeito da revisão já tinha desaparecido. Seria melhor (ou pelo menos igual) ter ido ao cinema.

O estudo precisa ser repetido com uma amostra maior de pessoas para que a diferença estatística entre o cochilo e a revisão no resultado das provas fique mais clara.

Só porque as melhores notas foram dos alunos que dormiram, não significa que todos os membros do grupo da soneca foram bem.

Seria preciso, por exemplo, descobrir como o desempenho de um mesmo aluno varia quando ele escolhe a soneca, a revisão, ou a série de TV.

De qualquer forma, os próprios pesquisadores do estudo afirmam que aderiram ao cochilo para impulsionar a produtividade acadêmica: a dica é aproveitar o horário em que estamos menos alertas (geralmente perto das 15h) para despertar com força total depois de um breve descanso.

Essa matéria foi originalmente publicada na Superinteressante

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