Equipe da VOCÊ RH entre os convidados Alexandre Rands, Carlos Alberto Griner e Adauto Duarte. (Erik Salles / Agência Servphoto)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2014 às 06h00.
São Paulo - Em meados de 2010 o diretor de RH da Suzano, Carlos Alberto Griner, começou a pensar como levantaria o que seria sua maior operação de papel e celulose na cidade de Imperatriz, no Maranhão. Para começar a primeira etapa da obra, ele precisaria de mais de 10.000 trabalhadores, um contingente difícil de encontrar na região.
A solução adotada pela Suzano foi buscar parcerias para formar mão de obra local. Três anos depois, a companhia concluiu sua obra sem atraso e sem greve e foi responsável pela formação de mais de 7.000 pessoas, que trabalharam como se fossem donas da empresa.
A experiência vivida pela Suzano foi compartilhada no dia 14 de abril no primeiro Café com RH no Nordeste, em Salvador. Ao lado de Griner, Adauto Duarte, diretor de RH da Chrysler Pernambuco, e Alexandre Rands, presidente da Datamétrica, também falaram sobre o mercado de trabalho nordestino e a difícil missão de lidar com a escassez de mão de obra na região que mais cresce no país.
“Uma coisa é formação, outra é qualificação. Se você não tem formação, não adianta qualificar”, afirmou Rands, ao citar que 30% da mão de obra no Nordeste ainda está no setor informal. Para Duarte, que acompanha de perto a construção do novo polo automotivo da Fiat Chrysler, em Goiana, Pernambuco, a solução está na identificação dos valores e da cultura local.
“O RH precisa estar muito integrado com a sociedade e, com base nisso, trabalhar os programas localmente”, diz. Hoje, a Fiat Chrysler conta com 6.000 empregados na construção civil.