Ideias: boa parte das tendências de negócios que tem tudo para bombar em 2019 têm como objetivo melhorar serviços e produtos aos usuários finais (Foto/Thinkstock)
Sofia Esteves
Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 18h20.
Quantas mudanças passamos esse ano, não é mesmo? O isolamento social transformou nossas vidas e alterou nossos hábitos, inclusive a nossa forma de consumo. Sendo assim, muitos profissionais querem saber: e agora? Como será o comportamento do consumidor pós-pandemia?
Afinal, compreender os novos hábitos e necessidades é fundamental para planejar o futuro do trabalho e garantir que a empresa mantenha-se conectada aos clientes.
No Whow! Festival de Inovação de 2020, Luiz Arruda, Head da WGSN Mindset, consultoria global de tendências de consumo, citou dados do último estudo realizado pela empresa, o ‘Report Consumidor 2021’. Confira quais são os principais pontos de atenção que você deve ter para planejar as ações da empresa em 2021:
A pesquisa identificou que o atual panorama econômico, somado ao crescimento da consciência ambiental e social – acentuadas durante a pandemia – fazem com o que os consumidores busquem cada vez mais por produtos com maior longevidade e valor justo.
Além disso, os consumidores estão mais atentos a como as marcas produzem, preferindo empresas que possuam linhas de produção sustentáveis e com um caráter híbrido e multifuncional.
“Precisamos entender que os consumidores estão mapeando, estudando as marcas. Eles querem, inclusive, saber se as empresas mudaram seu modelo de negócio, principalmente quando este impacta a sociedade. O intuito dos consumidores é saber se as marcas estão alinhadas às suas novas demandas e a um propósito”, aponta Luiz Arruda.
Além disso, os próprios profissionais também querem construir suas carreiras em empresas que “vistam a camisa” de uma causa. Vale ressaltar que a internet proporciona uma rápida disseminação da reputação positiva, ou negativa das marcas e empresas. Logo, de nada vale um discurso bonito e humanizado, se na rotina da companhia, esses valores não seguirem o que é comunicado, ok?
É hora de reavaliar a cultura organizacional da organização e checar quais comportamentos ainda estão distantes das necessidades do novo consumidor e, lembre-se, dos talentos da própria empresa também.
De acordo com a pesquisa, as preocupações com a saúde física e mental nunca estiveram tão em alta, já que o susto e a incertezas geradas pelo Covid-19 afetaram o bem-estar integral da população.
As empresas precisam dialogar com essa necessidade para criar conexão e fidelização com seu público e time de profissionais. De acordo com a empresa, entre 2021 e 2022 haverá um crescimento da necessidade das pessoas em buscarem autoaceitação emocional. Logo, a vulnerabilidade, a empatia e a humanização das relações serão cada vez mais importantes entre marcas e clientes.
Devido ao isolamento social, boa parte da população mundial experimentou momentos de solidão, não é mesmo? As conexões humanas são valorizadas à medida em que as pessoas se sentem mais sozinhas. Por isso, consumidores estão em busca de experiências que os ajudem a se sentirem mais próximos de outras pessoas.
Sendo assim, as empresas precisam estar atentas para adaptar seus ambientes físicos, ou digitais para promover esse tipo de experiência interpessoal – ou seja, utilizar a tecnologia - como os processos automatizados, como uma ponte,- mas não se esquecer da importância de haver partes do processo de compra em que os clientes tenham acesso a experiências humanizadas, ok?
Bons estudos!