Funcionários em um escritório: treinar pessoas para conduzir mudanças é uma das prioridades em 2021 (Ruslan Pryanikov/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 22 de abril de 2021 às 09h01.
O instituto de pesquisas ADP Research define engajamento como: o estado mental e emocional que permite uma pessoa entregar seu melhor. Há anos, a organização tem medido os índices desse comportamento nos funcionários de empresas em diversos países.
Os dados de 2020 mostram que o Brasil melhorou de posição e 18% (eram 14% em 2018) dos trabalhadores estão em um estado de engajamento total. Além disso, o relatório aponta os setores em que essa motivação no trabalho é maior.
Em primeiro lugar está o setor de tecnologia, com 20% dos profissionais no mundo em um estado de alto engajamento. A posição ainda mantém uma distância grande do segundo colocado, o setor financeiro. Por último, fica a manufatura, com cerca de 12% de engajamento total.
Entre os fatores que ajudam a criar esse engajamento, o relatório da ADP destaca um ponto: quem confia em seu líder tem até 14 vezes mais chances de ser um profissional engajado.
Para Mariane Guerra, vice-presidente de Recursos Humanos da ADP na América Latina, o aumento no de 14% para 18% no Brasil pode ser explicado por medidas nos últimos anos que têm humanizado a gestão de pessoas nas empresas e as lideranças, o que ganhou peso durante a própria pandemia.
"A gente viu também que o trabalhador que confia no seu líder tem 12 vezes mais chance de ser engajado. Essa pode ser uma hipótese de por que esses números melhoraram. Temos exemplos de empresas e da liderança em se humanizar, se voltar para as pessoas, se acolher."
Entre os benefícios do engajamento, está a garantia da resiliência. A pesquisa também verificou que o número de pessoas resilientes é o dobro entre os altamente engajados e os que só aparecem para trabalhar. O oposto também foi percebido: 80% dos vulneráveis estão dentro do grupo de baixo engajamento.