homem-jogando-papeis (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 12h45.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2017 às 12h45.
Algum dia, em determinado momento profissional da sua vida, você sonhou trabalhar em uma empresa em que não existissem chefes? Se sim, saiba que essa já é uma realidade em várias organizações. Hoje, algumas empresas trabalham no chamado modelo de gestão horizontal, que é caracterizado, justamente, por não possuir hierarquia.
Na gestão horizontal, não há relação de poder, chefes ou pessoas com ascensão sobre outras. Para que o trabalho seja desenvolvido, as decisões são tomadas coletivamente.
A tendência é que esse estilo de gestão seja implementado cada vez mais, já que há um encontro entre esse modelo e as características valorizadas pela geração que está ingressando no mercado de trabalho: inovação, desenvolvimento a partir da troca e de equipes colaborativas, autonomia, meritocracia, flexibilidade de horários etc. Esse encontro facilita na atração e retenção de talentos, um dos grandes desafios das organizações hoje (e no futuro).
O dia a dia dessas empresas funciona por meio de grupos de trabalho, projetos e desafios. Isso significa que, por muitas vezes, o colaborador pode tocar projetos como se fosse, de fato, dono do seu próprio negócio.
Embora em um primeiro momento possa parecer um sonho trabalhar em um lugar assim, será que o seu perfil profissional se adequa a esse modelo de gestão?
A primeira pergunta que você deve se fazer é: eu desejo me destacar dos demais e gostaria de conquistar posições de liderança? Se a sua resposta foi sim, então, saiba que trabalhar em uma empresa com gestão horizontal poderia deixá-lo, no médio prazo, desmotivado.
Além de não almejar cargos e promoções, trabalhar em uma empresa de gestão horizontal exige do profissional a absoluta administração de seu tempo, afinal, não haverá um gestor cobrando “tarefas”. Mas, em algum momento, você poderá ser solicitado a entregar atividades e resultados por diversos times, ao mesmo tempo. E essa característica já demanda mais uma habilidade: saber trabalhar em equipe. Nesse modelo de gestão ser colaborativo é imprescindível.
Trabalhar em uma empresa que não possui um chefe também vai exigir de você proatividade, criatividade – para transformar um problema em oportunidade – e pensamento estratégico, afinal, são as suas ações e a dos demais que irão impactar no futuro da empresa.
Avaliar todas essas características e conhecer muito bem a si mesmo (quem você é, o que te mobiliza e o que te desmotiva) é muito importante para decidir se uma oportunidade em uma organização como essa é para você. Essa análise fará toda a diferença em seu caminho profissional. Pense nisso!
Sofia Esteves é fundadora e presidente do conselho do Grupo DMRH