Carreira

Sem médicos e estagiários? Os empregos que podem sumir por causa da IA, segundo 'pai' do ChatGPT

Em sua visita à capital, o CEO da OpenAI destacou os avanços da IA, mencionando o fim de empregos, desafios na saúde e os riscos de destruição em massa por IA

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 23 de julho de 2025 às 06h25.

Sam Altman, dono da OpenAI, empresa do ChatGPT, acredita que alguns empregos devem desaparecer com a inteligência artificial (IA). Durante recente visita a Washington, o CEO compartilhou sua visão sobre o futuro dominado pela IA, destacando áreas como o suporte ao cliente, onde, segundo ele, "a tecnologia já é capaz de substituir completamente o trabalho humano".

Ele mencionou que funções antes essenciais, como as realizadas em call centers, agora podem ser executadas de forma mais eficiente por IA, sem a necessidade de interações humanas. "Em alguns setores, como suporte ao cliente, a IA já é tão capaz que nem vale a pena ter um ser humano nessa posição", afirmou Altman.

Além disso, o fundador da OpenAI sugeriu que a IA já está ultrapassando humanos em várias áreas, como diagnóstico médico, embora, em sua opinião, o papel dos médicos ainda seja necessário. "Hoje, o ChatGPT pode ser um melhor diagnóstico do que muitos médicos, mas não sou a favor de substituir completamente os médicos, pelo menos por enquanto", destacou.

No entanto, Altman também alertou para os riscos trazidos pelos avanços da IA, como sua potencial utilização por nações hostis para ataques cibernéticos. Ele expressou preocupações sobre o uso de tecnologias como o voice cloning (clonagem de voz), que podem facilitar fraudes e roubos de identidade, uma ameaça crescente, principalmente no setor financeiro. "Estou preocupado com a capacidade de nações hostis de usar a IA como uma arma de destruição em massa, como atacar o sistema financeiro dos EUA", disse ele.

Em quais áreas a IA deve dominar?

Altman tem discutido amplamente o impacto que a inteligência artificial terá sobre o mercado de trabalho nos próximos anos. Ele prevê que muitas funções, especialmente aquelas ocupadas por estagiários e trabalhadores em cargos de entrada, serão totalmente substituídas pela IA. "“Hoje, a IA é como um estagiário promissor, mas logo será capaz de fazer o trabalho de um engenheiro pleno — e por quanto tempo aguentarmos o ritmo. Em breve, veremos agentes de IA resolvendo problemas que jamais imaginamos que máquinas conseguiriam", afirmou ele no Snowflake Summit 2025.

Altman também enfatizou que a IA já pode executar trabalhos de nível básico, como atendimento ao cliente, e que os profissionais precisam se adaptar a essa nova realidade para não ficarem para trás no mercado de trabalho. Ele alertou que aqueles que não aprenderem a usar ferramentas de IA arriscam perder suas vagas para aqueles que dominam essa tecnologia, destacando que, no futuro, a adaptação ao uso de IA será essencial para a sobrevivência no mercado de trabalho.

Ao discutir o impacto da IA na força de trabalho, Altman também mencionou que até 70% dos empregos podem ser substituídos pela IA, embora ele reconheça que, historicamente, novas tecnologias criam novos tipos de trabalho. A diferença agora, segundo ele, é a velocidade e a abrangência com que essa transformação ocorrerá. Ele prevê que, embora muitos empregos em setores repetitivos e rotineiros sejam eliminados, a IA também criará novas funções, especialmente em áreas como engenharia de prompts, construção de modelos e análise de dados.

Altman ainda sugeriu que, em um futuro dominado pela IA, as categorias tradicionais de empregos podem desaparecer, levando a uma reconfiguração radical das estruturas sociais e econômicas. Nesse novo cenário, ele acredita que as pessoas poderão criar papéis para status e engajamento, em vez de necessidade, questionando o conceito de "trabalho" como a humanidade conhece.

Acompanhe tudo sobre:OpenAIChatGPTInteligência artificial

Mais de Carreira

Coach revela segredo de líderes bem-sucedidos; inteligência ou trabalhar demais não garante sucesso

Com a ajuda da IA, jovem da Geração Z alcança 140 milhões no LinkedIn e transforma sua carreira

Os prompts ‘secretos’ que destravam o lado mais poderoso do ChatGPT

Esse é o único comando que o próprio ChatGPT ‘gosta’ de receber