Carreira

Apresentado por CIEE

O segredo para transformar estágio em vantagem competitiva

Muito além de uma primeira experiência profissional, o estágio é motor de renovação, inclusão e liderança; CIEE mostra como transformar isso em resultados concretos

Estágio: motor de inovação, diversidade e formação de lideranças nas empresas. (Kar-Tr/Getty Images)

Estágio: motor de inovação, diversidade e formação de lideranças nas empresas. (Kar-Tr/Getty Images)

EXAME Solutions
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Publicado em 15 de agosto de 2025 às 17h30.

Última atualização em 15 de agosto de 2025 às 17h30.

Mais do que uma porta de entrada para jovens talentos, o estágio de ensino superior é hoje uma engrenagem estratégica que acelera a transformação digital, renova processos e amplia a diversidade nas organizações. Além do impacto social, programas bem estruturados ajudam a reter talentos e a formar líderes.

A imagem do estagiário limitado a tarefas simples já ficou no passado. Hoje, eles assumem papéis-chave em projetos de inovação, participam da construção da cultura organizacional e contribuem diretamente para o desenvolvimento de competências dentro das empresas. Se, por um lado, aplicam na prática o que aprendem na faculdade, por outro, injetam novas ideias e energia nos times, impulsionando mudanças que vão muito além do óbvio.

Um exemplo é o programa de estágio da Motorola, com duração de até dois anos, que insere o jovem em projetos estratégicos desde o início. Ana Paula Cavioli, diretora de RH da Motorola, explica que o modelo integra os principais pilares para o desenvolvimento do estudante: educação, experiência e mentoria, unindo teoria e prática, habilidades técnicas e competências comportamentais.

“Eles chegam com autonomia, espírito empreendedor, alta capacidade de adaptação, algo essencial para uma empresa de tecnologia que possui um mercado dinâmico. Isso acelera a inovação e mantém a empresa atualizada”, afirma.

Os estagiários atuam em diversas áreas como pesquisa e desenvolvimento, finanças, recursos humanos, entre outras, tendo sempre o acompanhamento de seu mentor. O impacto é expressivo: cerca de 50% são efetivados. Como exemplo do sucesso do programa temos altas lideranças que iniciaram suas carreiras por meio dele. Casos assim servem de inspiração interna, mostrando que há espaço real para crescimento.

“É um caminho de muitas oportunidades, onde o aprendizado é contínuo e os dois lados ganham: a empresa, com banco de novos talentos preparados, e o estagiário, pronto para ser inserido no mercado de trabalho”, explica.

Do aprendizado à liderança

Para o Centro de Integração Empresa-Escola — CIEE, maior ONG de inclusão social e trabalho jovem da América Latina, esse é o retrato de um programa de estágio que cumpre seus principais objetivos. Humberto Casagrande, CEO da instituição, ressalta que empresas que investem na formação de estagiários colhem ganhos não só em produtividade, mas também em engajamento e retenção.

Ele destaca que o estágio também é ferramenta de inclusão, usada por muitas organizações para ampliar a participação de mulheres em áreas técnicas ou de pessoas negras em posições estratégicas.

“O estágio é um jogo de ganha-ganha. A empresa renova ideias, ganha contato com novas formas de pensar e consome tendências que o jovem traz da universidade. Já o estudante vive uma experiência prática que acelera sua formação profissional”, diz.

A troca entre gerações é outro diferencial. Ao integrar jovens da geração Z a equipes experientes, surge um ambiente fértil para inovação e revisão de processos. O impacto social também é relevante: entre os jovens em situação de vulnerabilidade atendidos pelo CIEE, 60% a 65% usam a bolsa-auxílio para ajudar nas despesas da família. Para muitos, é a primeira oportunidade formal de trabalho.

“Formar jovens é responsabilidade compartilhada entre empresas, governo, família e instituições de ensino. Quando cada parte faz a sua, criamos uma geração mais preparada e comprometida com o desenvolvimento do país”, afirma Casagrande.

O papel do gestor no sucesso do programa

Em 2024, o CIEE inseriu em programas de estágio mais de 180 mil estudantes, oferecidos por mais de 27 mil empresas parceiras. A instituição atua como agente de integração, garantindo conformidade com a Lei nº 11.788/2008 e apoiando empresas na estruturação de programas com segurança jurídica, treinamento e acompanhamento.

Mônica Vargas, superintendente Nacional de Operações e Atendimento do CIEE, reforça que o papel do gestor é decisivo. Segundo ela, o erro mais comum é esperar que o estagiário tenha experiência prática equivalente à de um profissional formado.

“O gestor precisa lembrar que está recebendo um estudante, que traz bagagem acadêmica, mas que precisa de orientação, feedback e oportunidades para aplicar o que aprende”, afirma.

Para apoiar essa jornada, o CIEE oferece ferramentas como a plataforma CIEE Saber Virtual, que disponibiliza dezenas de cursos gratuitos — de idiomas a soft skills — para complementar a formação ao longo do contrato de estágio.

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