EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h32.
Tudo começou com o invento da roda. Mais tarde veio a revolução industrial. Com a automação das fábricas, as pessoas passaram a se locomover menos e a produzir mais. O automóvel, o elevador, a escada rolante, a máquina de lavar roupa, o controle remoto. Todo esse desenvolvimento aumentou, e muito, a comodidade do homem moderno.
O problema é que também o colocou na perigosa rota do sedentarismo. O risco trazido com essas transformações é o mais caro de todos: o de enferrujar músculos, coração, enfim, todas as engrenagens da máquina humana.
"É claro que ninguém vai defender a volta à idade da pedra lascada, mas as pessoas têm de ter consciência que felicidade passa por qualidade de vida, que passa por saúde, que passa obrigatoriamente por exercícios físicos regulares", afirma o médico gaúcho Luís Carlos Silveira, nutrologista e proprietário de um centro de longevidade localizado no Rio Grande do Sul. "Nosso corpo foi feito para trabalhar. E regularmente", diz.
Para manter a saúde e a silhueta em dia é fundamental seguir um programa equilibrado de atividades físicas. Os exercícios aeróbicos -- como caminhadas, corrida e ciclismo -- são obrigatórios, mas não bastam. Os exercícios de alongamento e de reforço muscular também são essenciais.
"A flexibilidade é uma capacidade que diminui ao longo do tempo e que interfere diretamente na qualidade de vida, podendo limitar atividades corriqueiras, como amarrar o cadarço do sapato", diz André Passoni, coordenador de musculação e do setor de personal-trainning da Fórmula Academia.
A musculação previne não só lesões articulares -- que podem ocorrer por causa de um simples escorregão -- como também a perda óssea na velhice. De acordo com o médico Luís Carlos Silveira, o desequilíbrio da musculatura pode causar, inclusive, problemas ortodônticos.