Carreira

A estratégia da Lundbeck para engajar funcionários em tempos de burnout

Com flexibibilidade, terapia gratuita e bônus generosos, a farmacêutica dinamarquesa (que cuida da saúde mental) faz de tudo para que seus funcionários não precisem ser seus pacientes

Alba Eiras de França, diretora de pessoas e comunicação da Lundbeck: “Somos pequenos em número, mas grandes na forma como cuidamos das pessoas” (Divulgação/Divulgação)

Alba Eiras de França, diretora de pessoas e comunicação da Lundbeck: “Somos pequenos em número, mas grandes na forma como cuidamos das pessoas” (Divulgação/Divulgação)

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 19h30.

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Mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos de saúde mental, como ansiedade e depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, esse cenário tem provocado aumento no consumo de psicofármacos: entre líderes, o uso saltou de 18% em 2024 para 52% em 2025; entre liderados, de 21% para 59%, segundo pesquisa da The School of Life com a Robert Half.

É nesse mercado que atua a dinamarquesa Lundbeck, especializada em saúde do cérebro e presente no Brasil desde 2000. A companhia aposta no chamado “salário emocional” para engajar os 125 funcionários de seu escritório no Rio de Janeiro.

“Vai além do dinheiro no fim do mês. O que retém as pessoas é sentir-se cuidado e reconhecido”, afirma Alba Eiras de França, diretora de pessoas e comunicação.

Veja também: Você busca por salário emocional? Saiba mais sobre esse benefício que está atraindo profissionais

Os benefícios que levam saúde para os times da Lundebeck

Entre os benefícios, a empresa para e dá folga para todos no Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro) e tem o Short Friday, com saída às 15h.

“Tempo livre é parte do bem-estar e tem tudo a ver com o nosso mercado”, diz Alba.

O programa “LundBem com a Vida” inclui massagens de shiatsu, dias fixos de frutas, acompanhamento com nutricionista e incentivo a esportes, como as corridas patrocinadas pela empresa. A saúde também é cuidada por meio de um programa de assistência que oferece terapia psicológica, apoio financeiro e jurídico, além do Dr. Lundbem, telemedicina para consultas rápidas sem impacto no plano de saúde.

Outros benefícios que chamam atenção é o financeiro: a companhia oferece 160 reais adicionais no Total Pass, 300 reais anuais para custos em farmácias e 1.000 reais no ticket de Natal.

Quando o recorte é desenvolvimento, a Lundbeck subsidia 90% de cursos de inglês.

Como multinacional, é essencial que nossos funcionários estejam preparados para interagir com a matriz e outros países”, diz a executiva que também criou neste ano o programa “Futuros Líderes” para promover vendedores a cargos de liderança.

Reconhecimento dá vigor ao profissional

O reconhecimento é outro pilar. Todo início de ano, os funcionários viajam para a reunião nacional — em janeiro foi em Maceió — com cerimônias e premiações durante um jantar especial. Nesta viagem, o programa “LundMais Você Faz” recompensa projetos internos: o primeiro lugar leva uma viagem com acompanhante; os demais, vouchers. Já o “Lundbeck Spirit” celebra comportamentos como curiosidade, adaptabilidade e responsabilidade. “Comportamento é tão importante quanto resultado”, afirma França.

O resultado aparece nos indicadores: o índice de engajamento ficou acima de 93 pontos, um dos mais altos no ranking global da companhia. Além disso, o tempo de casa é longo, incluindo a própria França e o presidente Josiel Florenzano, que lidera a operação há muitos anos.

“Somos pequenos em número, mas grandes na forma como cuidamos das pessoas.”

Com todos esses benefícios a Lundbeck Brasil foi uma das três empresas que conquistou o Prêmio EXAME Melhores em Gestão de Pessoas 2025, na categoria entre 100 e 300 funcionários.

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