Faixa de remuneração anual mais comum entre os profissionais do setor de finanças é de 201 mil a 500 mil reais (Creative Commons/Aurelízia Lemos/EXAME.com)
Talita Abrantes
Publicado em 11 de maio de 2011 às 14h43.
São Paulo – Dos profissionais que atuam na área de Finanças, 15% dos profissionais recebem remuneração anual superior a 500 mil reais. É o que indica pesquisa divulgada nesta sexta-feira 12 pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF).
Para chegar a este número, o IBEF consultou 350 profissionais. Desses, 39% já ocupam o cargo de diretoria da área financeira de alguma empresa. Outros 37% exercem função gerencial.
"Nos últimos anos, muitas pessoas bem qualificadas estão chegando ao mercado. Geralmente, são profissionais que conciliam a carreira acadêmica com a corporativa e que conseguem entregar bons resultados", afirma Antônio Sérgio de Almeida, organizador do Prêmio Revelação em Finanças IBEF SP/ KPMG, que foi entregue à pouco em São Paulo.
Essa combinação de fatores é fundamental, segundo ele, para que tantos jovens consigam alcançar cargos de liderança.
O equivalente a 32% dos profissionais entrevistados recebem uma remuneração anual de 201 mil a 500 mil reais. Outros 24%, salários totais de 101 mil a 200 mil reais por ano. Por fim, 22% deles fecham o ano com uma remuneração de 100 mil reais.
Para comprovar uma teoria que os especialistas em geração Y defendem há um tempo, o estudo mostrou que a mobilidade entre os profissionais de finanças nessa faixa etária é grande. Apenas 17% deles estão na empresa há mais de dez anos e 22%, entre cinco e dez anos.
Enquanto isso, 39% dos profissionais ouvidos permanecem na mesma empresa por até cinco anos.
Formação
Economia deixou de ser a graduação que mais forma profissionais para o setor de Finanças. Este ano, o curso perdeu para Administração e Engenharia nesta categoria. Segundo a pesquisa, 15% dos profissionais da área são economistas, enquanto 29% têm formação voltada para Administração de Empresas.
A massa de engenheiros também é maior do que a de economistas. Do total de pesquisados, 20% são formados em algum ramo da Engenharia. Outros 17% concluíram a graduação em Ciências Contábeis.
A pesquisa mostra que 78% dos profissionais já concluíram uma pós-graduação ou um curso de MBA. Além deles, 12% estão cursando uma especialização desse tipo.