Carreira

Trainee deve saber mais sobre a empresa que seus rivais

Trainees que colecionam aprovações nos programas mais concorridos do país contam como chamaram a atenção dos recrutadores e como se prepararam para as seleções

Complementar a formação para contornar seus pontos fracos é uma dica valiosa para os trainees  (Dreamstime)

Complementar a formação para contornar seus pontos fracos é uma dica valiosa para os trainees (Dreamstime)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 13h08.

Sâmara Cardoso, 22 anos, trainee da Braskem, coleciona três aprovações em programas de organizações do setor químico e petroquímico.

Diferencial: capacidade de trazer resultados. 

A engenheira química, formada pela Universidade Federal da Bahia, acredita que seu diferencial foi ter mostrado aos recrutadores que ela já havia trazido resultados concretos em outras experiências profissionais e que tinha condições de fazer a diferença como trainee. Para isso, ela dava como exemplo um projeto do qual participou durante seu estágio, que permitiu aumentar a eficiência de sua área na companhia e lhe rendeu uma certificação em Seis Sigma, metodologia que prega redução de custos e de tempo para aumentar a eficiência.

Preparação: conversar com colaboradores da organização para conhecer a fundo sua cultura e seus planos.

Nas entrevistas, Sâmara procurou deixar claro que tinha foco e que aquela companhia em particular estava em seus planos. Para isso, sua preparação envolveu pesquisar a fundo o mercado, os desafios e os planos das empresas que lhe interessavam. Se a maioria se limita à pesquisa na internet, Sâmara foi atrás de outras fontes. "Conversei com funcionários e ex-funcionários para ter uma percepção mais clara da cultura corporativa e do negócio. Também li reportagens em revistas. Assim, quando um recrutador me perguntava por que eu queria aquela empresa e não outra, eu tinha elementos para responder: "Porque foi eleita uma das melhores para iniciar a carreira e a melhor indústria petroquímica para trabalhar’", diz Sâmara.

A Dica: complementar a formação para contornar seus pontos fracos.

A preparação da jovem também envolveu identificar suas fraquezas e procurar trabalhá-las. "Nós, engenheiros, costumamos ser muito bons com números, mas não tão bons com relações interpessoais", admite Sâmara.

Para contornar essa debilidade, Sâmara está matriculada, desde o ano passado, numa pós-graduação em gestão de pessoas. "Isso mostrou aos recrutadores que eu me conhecia e estava preocupada em melhorar minha habilidade de relacionamento. Afinal, dentro de uma organização não basta ter o melhor projeto; é preciso convencer as pessoas de que ele é bom, para que a ideia se concretize", afirm

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