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Robôs podem não roubar seu emprego, mas vão afetar seu salário

Segundo estudo de economistas do Federal Reserve, a automação tem contribuído “substancialmente” para a redução de renda destinada aos trabalhadores

Robôs: apesar do mercado aquecido, a alta de salários está fraca (Westend61/Getty Images)

Robôs: apesar do mercado aquecido, a alta de salários está fraca (Westend61/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2019 às 16h00.

Última atualização em 2 de outubro de 2019 às 16h31.

A automação tem contribuído “substancialmente” para reduzir a participação da renda nacional destinada aos trabalhadores dos Estados Unidos nas últimas duas décadas, segundo um novo estudo de economistas do Federal Reserve de São Francisco.

Apesar da menor taxa de desemprego em cerca de 50 anos, a chamada participação da mão de obra caiu para cerca de 56% do total em relação aos 63% em 2000, e o aumento do uso de robôs e outras tecnologias tem sido um importante fator para essa mudança, escreveram os economistas Sylvain Leduc e Zheng Liu em relatório publicado na segunda-feira.

“As empresas agora têm mais opções para automatizar posições difíceis de preencher do que no passado”, escreveram Leduc e Liu. “Com os rápidos avanços na robótica e inteligência artificial, os robôs podem realizar mais trabalhos e tarefas que exigiam habilidades humanas há apenas alguns anos.”

Como resultado, os empregados se tornam mais relutantes em pedir um aumento salarial significativo por medo de que seu empregador recorra à automação para substituí-los, disseram os economistas. Isso potencialmente explica por que a alta dos salários tem sido relativamente fraca, apesar do mercado de trabalho aquecido.

O modelo dos economistas sugere que, sem a automação, a participação da mão de obra teria ficado em torno de 59,5% no fim de 2018.

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