Morcegos usam ultrassom para se orientar — habilidade que agora inspira pesquisadores (CSA Images/Getty Images)
Redatora
Publicado em 18 de novembro de 2025 às 12h00.
A busca por tecnologias capazes de atuar em locais onde humanos não conseguem avançar motivou o pesquisador Nitin J. Sanket, professor do Instituto Politécnico de Worcester (WPI), em Massachusetts, a criar robôs voadores baseados no modo como morcegos percebem o ambiente. As informações foram retiradas de TechCrunch.
As missões de busca e resgate, normalmente realizadas a pé, em regiões marcadas por fumaça, poeira, instabilidade e baixa visibilidade, demandam respostas rápidas e precisas.
Sanket e sua equipe decidiram seguir um caminho alternativo: desenvolver pequenos robôs que cabem na palma da mão e usam sensores ultrassônicos inspirados nos morcegos.
Os sinais captados são processados por softwares de IA, que filtram ruídos e detectam obstáculos em um raio de até dois metros.
A investigação o levou a observar como insetos e aves realizam deslocamentos complexos mesmo com cérebros minúsculos e sistemas sensoriais limitados.
Segundo ele, foi essa combinação de simplicidade e eficiência que orientou o desenvolvimento atual das máquinas.
Nos experimentos mais recentes, a equipe enfrentou um impasse técnico: as hélices dos robôs produziam ruído demais, interferindo nos sensores ultrassônicos.
A solução voltou a surgir na biologia.
O grupo estudou tecidos presentes no nariz e nas orelhas dos morcegos, estruturas que modulam a propagação do som, e criou uma peça impressa em 3D que realiza a mesma função ao alterar a forma como o robô emite e capta ondas.
Com o sistema estabilizado, o foco agora é aumentar a velocidade dos dispositivos.
Para Sanket, observar o comportamento de outros animais continua sendo uma fonte de avanços: insetos e aves, diz ele, executam manobras extraordinárias com recursos mínimos, algo que pode inspirar novas abordagens na engenharia robótica combinada à inteligência artificial.
Para profissionais de qualquer área, o avanço desse tipo de tecnologia reforça uma tendência clara: dominar IA aplicada não se limita ao digital.
A capacidade de integrar algoritmos a sensores, máquinas e soluções físicas abre espaço para carreiras em robótica, pesquisa, desenvolvimento de produtos e operações críticas, campos que exigem visão multidisciplinar e entendimento profundo de como dados podem transformar resultados reais.
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