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Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2013 às 15h00.
São Paulo - Para realizar sonhos de médio e longo prazo, muita gente adota a estratégia de cortar gastos supérfluos do dia a dia para forçar uma poupança baseada na restrição do lazer e dos pequenos consumos. Bobagem! Assim, você está eliminando de sua vida as fontes mais frequentes de felicidade, os pequenos mimos que precisa para compensar o estresse do cotidiano.
Não existe supérfluo. Toda vez que você compra algo que não usa é porque não precisava do item comprado, mas sim do ato de comprar. Supérfluo é sinal de que você não está encontrando felicidade cotidiana em sua vida e, por isso, faz do prazer do consumo um paliativo. Se decidisse adotar um orçamento com mais verbas para seus cuidados pessoais, seu lazer e outros desejos, com um estilo de vida mais simples, porém com consumo diversificado, teria um sentimento maior de realização pessoal e estaria menos sujeito ao consumo impulsivo. Além disso, o prazer da vida mais desfrutada impactaria seu bem-estar e ansiedade, motivando-o a trabalhar melhor.
É aqui que o consumo passa a impactar seus investimentos. A qualidade de sua estratégia de multiplicação de riqueza depende de seus hábitos de consumo. Quanto menos imprevistos tiver na vida, menos terá de recorrer a reservas de emergência. Quanto mais intocada sua poupança, mais de longo prazo podem ser suas opções de investimento.
Em outras palavras, sua carteira de investimentos poderá ser mais arrojada se você depender menos de suas reservas de emergência. Essa é uma condição fundamental para que, com investimentos mais eficientes, você multiplique melhor suas reservas e alcance seus objetivos mais cedo ou com menor esforço poupador.
Planejamento financeiro não é cortar gastos e fazer poupança, nem garantir amanhã aquilo do qual está abrindo mão hoje. O bom planejamento financeiro envolve gastar com qualidade os recursos que você tem e poupar o mínimo necessário, com eficiência, para que seus investimentos criem uma condição futura de perpetuação do bom padrão de gastos que você assumiu ao longo da vida. Isso é sustentabilidade financeira. Que tal repensar seu estilo de consumo a partir do próximo ano?