Twitter: hashtag se transforma em hiperlink na rede (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 13h33.
São Paulo - Hoje em dia, muitas expressões popularizam-se devido à Internet; os meios eletrônicos buscam a rapidez, a objetividade e, como consequência, nem sempre se pensa nos parâmetros da língua-padrão.
Um símbolo popularizado é a famosa “hashtag” (#) – popularmente conhecido como “jogo da velha”. Sua utilização indica determinado assunto discutido no texto, na frase, na postagem eletrônica.
Neste período de Copa do Mundo, por exemplo, é fácil encontrar as mensagens “#vaitercopa” e “#naovaitercopa”. Pessoalmente, com a fusão de várias palavras, fica extremamente complicada a compreensão – a ponto da desistência da leitura do que vem após as hashtags. Haja jogo da velha, por aí, nas mídias sociais. É um “mais que viral simbológico”, às vezes não tão lógico assim!
Sinais importantes em nossa Língua - como til, acento agudo e acento circunflexo – ficam em segundo plano. Sem a visão rígida da tradicional Gramática, afirma-se sobre a agilidade da mensagem ou simplesmente porque a norma, em citado caso eletrônico, não teria tamanha importância.
O que, de fato, vem ocorrendo é exatamente a profusão de situações confusas, desconexas e cacofônicas (que geram sons estranhos). Uma garota, por exemplo, ao homenagear a mãe, usou a “hashtag” em “#amarela”. Seria a cor? Seria o amor?
Outros, mais viciados no símbolo, só se comunicam com “#”. Famosos médicos já registraram “#medico”. É a forma verbal ou a proparoxítona infelizmente não acentuada? Tanto faz? Curioso!
O termo “país”, em várias ocorrências digitais, “hastaguiado”, transformou-se em “pais”; a letra B, maiúscula, que representa a nossa nação, dificilmente aparece na decência “#Brasil”.
Enfim, em referência mais uma vez ao “#vaitercopa”, caso se seguisse a norma, entraria em campo o verbo haver (já que o verbo ter nunca deve representar a existência) e a letra “c” maiúscula: “#haveráCopa”.
Aos amantes da Comunicação, fica aqui uma polêmica: seguir ou não seguir a língua-padrão em meios eletrônicos?
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