Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 95% das companhias brasileiras encaram o tema de ESG como prioridade atualmente (Getty Images/Reprodução)
Jornalista
Publicado em 14 de junho de 2023 às 09h00.
Considerada prioritária para nove em cada 10 CEOs hoje, a sigla ESG (acrônimo em inglês para environmental, social and governance) diz respeito a um conjunto de práticas adotadas pelas empresas em prol de um desenvolvimento com menos impactos negativos para o meio ambiente, mais positivo para a sociedade e que ajude a tornar a governança corporativa mais responsável e transparente com relação a sua tomada de decisões. E, mais do que transformar a maneira como os negócios operam, ela vem impulsionando carreiras em todo o mundo.
Isso porque, independentemente da área em que atuem, profissionais com conhecimento em ESG tendem a ser cada vez mais valorizados pelas empresas – que pagam salários bastante atrativos para atrair os melhores talentos.
Para ter ideia, segundo o Guia Salarial 2023 da Robert Half, maior empresa de recrutamento especializado do mundo, a remuneração de quem trabalha com ESG hoje varia entre R$6 mil (para cargos de entrada) e R$35 mil (para cargos mais estratégicos).
Assim, para quem se interessa por temas relacionados às questões ambientais, sociais e de governança, trabalhar com ESG pode ser um caminho profissional promissor e cheio de propósito.
Foi com o objetivo de ajudar a responder essa pergunta, que a EXAME e o Ibmec lançaram a série Carreira em ESG. O treinamento, que começou na última segunda-feira, 12, é virtual, totalmente gratuito e configura uma parte introdutória da maior formação para o profissional de ESG do Brasil: o MBA em ESG, criado pela EXAME e pelo Ibmec, a maior escola de negócios do país.
Nesta quarta-feira, 14, entrou no ar o segundo episódio da série – cujo tema central é “habilidades fundamentais para se tornar um profissional de ESG”. Na aula, os alunos são apresentados a softskills que são consideradas essenciais por recrutadores e gestores da área. E analisam cases práticos de empresas como Suzano, Malwee e Raízen em que cada uma das habilidades fez a diferença.
Veja, abaixo, um pequeno resumo das competências listadas na série.
Para Renata Faber, diretora de ESG da EXAME e professora do curso, estar atento às novidades para enxergar caminhos diferentes e promover mudanças é essencial para qualquer pessoa que queria trabalhar com ESG.
“Essa é uma habilidade que eu considero importantíssima. Parece simples na teoria, mas é fundamental que um profissional que atue na área de ESG esteja antenado com o que há de mais inovador no mercado para ajudar a implementar as novidades na sua empresa”, afirma.
Para construir uma carreira de sucesso em ESG, é importante conhecer profundamente cada área que causa impacto no negócio. Esse profissional precisa ter boas habilidades de gestão e relacionamento para que seja capaz de estabelecer uma relação de confiança entre fornecedores, clientes, acionistas e colaboradores da empresa.
É preciso ter em mente que o ESG não é uma receita única para todas as empresas. As questões ambientais são muito mais relevantes para alguns setores (como os de energia, transporte e mineração) do que para outros (como o setor financeiro, por exemplo). Para o setor de tecnologia, onde inovação é essencial, conseguir atrair e reter talentos e ter um time diverso é muito importante. Já para uma empresa de infraestrutura que presta serviços para o governo, a governança é provavelmente o ponto mais relevante.
Por isso, mesmo para quem já tem uma noção sobre ESG, continuar se atualizando é fundamental. “Não importa o quanto você já domina sobre meio ambiente, ou sobre diversidade, inclusão, governança, legislação e questões sociais. A sigla ESG dá conta de três grandes áreas que se integram e complementam. Por isso, é bem provável que você ainda precise agregar mais conhecimento sobre as áreas que você não domina”, afirma a executiva.
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