Carreira

Quem são os globalistas? Quer ser um deles?

Eles implementam a cultura de uma múlti nas subsidiárias mundo afora


	É preciso estar disposto a morar onde o negócio exigir (quatro anos em Cingapura, dois anos em Xangai, três anos em Sydney) e, mais importante: é essencial ter o perfil para o posto.   
 (Divulgação)

É preciso estar disposto a morar onde o negócio exigir (quatro anos em Cingapura, dois anos em Xangai, três anos em Sydney) e, mais importante: é essencial ter o perfil para o posto.    (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 14h31.

São Paulo - Nos últimos anos, vem crescendo a importância dos executivos de alto escalão que viajam o mundo. Conhecidos como globalistas, eles têm a imprescindível missão de implementar a cultura de uma multinacional nas operações da companhia espalhadas nos mais diferentes cantos do globo.

O surgimento desse novo perfil de executivo é uma consequência direta da globalização. Com o crescimento da economia brasileira e a internacionalização das empresas do país, começam a aparecer também os globalistas brasileiros, prontos para desbravar novos mercados além de nossas fronteiras. Apesar de parecer glamouroso, não é fácil ser um globalista.

É preciso estar disposto a morar onde o negócio exigir (quatro anos em Cingapura, dois anos em Xangai, três anos em Sydney) e, mais importante: é essencial ter o perfil para o posto.   

O executivo deve possuir capacidade se adaptar fácil e rapidamente a diferentes culturas. E como saber se você se encaixa no perfil? Provedores de treinamento cultural oferecem, além de informações sobre as características adequadas, um teste de "bússola cultural", que aponta se você tem o perfil ideal.

A questão linguística é um tremendo diferencial. Quanto mais idiomas o pretendente a globalista dominar, maiores suas chances de sucesso. Espanhol, alemão e, principalmente, mandarim contam pontos importantes. Inglês é obrigatório. Fazer-se entender pode ser ótimo para as viagens de férias, mas não é adequado para o mundo corporativo.

Esses conhecimentos  — além, é claro, da competência profissional — formam o básico para alguém ser um globalista. Outro fator, no entanto, é decisivo para o sucesso profissional desse tipo de executivo: o apoio familiar. 

A posição de globalista requer maturidade e experiência. Por isso, costumam ser vagas oferecidas em uma etapa mais avançada da carreira. Normalmente, em uma idade na qual o profissional já tem uma família constituída. Se o executivo tem uma família que o acompanhará nessa jornada, o cônjuge e os filhos também têm de estar na mesma sintonia.

Nessa etapa, treinamentos culturais para a família do globalista são fundamentais. Se você tem as características citadas e trabalha em uma empresa nacional em fase de internacionalização, poderá se tornar o próximo globalista brasileiro.

As recompensas são muitas. Além de um promissor futuro profissional, com uma bela perspectiva de remuneração e plano de aposentadoria internacional, o globalista e sua família têm a oportunidade de vivenciar uma riquíssima experiência profissional e de vida.

Tatiana da Ponte escreve este mês no espaço tradicionalmente ocupado pelo professor Luiz Carlos Cabrera. Tatiana é líder da área de capital Humano da Ernst & Young Terco

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