Livros (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 14h42.
Última atualização em 16 de novembro de 2022 às 14h14.
Notícia em primeira mão: “Vaticano confirma que João Paulo II será santo.” Quê? Que maravilha!
Já viram como são muitas as ocorrências da palavra QUE, em nosso dia a dia? Às vezes, nem santo resolve a causa, mas algumas regrinhas podem abençoar.
Inicialmente, veremos a diferença entre a conjunção integrante e o pronome relativo. Jogue a água benta gramatical e prepare-se!
No período “Vaticano confirma QUE João Paulo II será santo.”, o termo “que” possui o papel de complementação de um verbo – o sujeito, Vaticano, confirma QUE. É a conjunção integrante, que no sistema oracional sujeito-verbo-complemento, admite sempre o papel de início do citado complemento.
Já em “O papa QUE foi amado pelo povo será santo.”, o pronome “que” é relativo, pois se refere ao substantivo “papa” (variável em gênero e número); a questão de tal pronome não é complementar, mas apontar ao anterior “papa”.
QUÊ? Santo? É verdade! Existe esta regra também: caso esteja isolado ou ao final de uma sentença, o termo “quê” receberá as bênçãos do acento circunflexo.
Há, agora, um desafio neste confessionário da língua-padrão. Preparado?
Na sentença, “João Paulo II é que foi santo em vida.”, qual a classificação do termo QUE?
Ops!
Pare!
Reze!
Pense!
Valha-me, Deus! É partícula expletiva! Não somente “que”, mas a forma verbal “é”. Expletivas são palavras ou expressões que, desnecessárias ao sentido da frase, lhe dão, todavia, mais força ou graça. Voltemos à frase do prezado:
“João Paulo II É QUE foi santo em vida.”
Agora, a frase “mais santa”, sem os expletivos:
“João Paulo II foi santo em vida.”
Amém? Amém!
Um abraço e até a próxima!