Empresa prevê que domínio de IA será decisivo para promoções, avaliação de competências e entrega de soluções a clientes (Getty Images). (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 30 de setembro de 2025 às 11h44.
A Boston Consulting Group (BCG) integrou a inteligência artificial ao coração de suas operações e avaliações internas. Hoje, cerca de 90% dos 33 mil funcionários da consultoria utilizam IA, segundo revelou Alicia Pittman, líder global de pessoas da empresa, em entrevista ao Business Insider.
Há um ano, a BCG passou a incluir expectativas ligadas ao uso da tecnologia nos critérios de desempenho. “Não existe uma caixa no formulário perguntando ‘Você usa IA?’. É uma expectativa”, afirmou Pittman. “Se não usar, você fica atrás dos colegas em competências como solução de problemas e geração de insights.”
A consultoria não mudou o tipo de trabalho esperado dos colaboradores, mas a barra de qualidade e eficiência subiu. Em um projeto de solução de problemas, por exemplo, o funcionário pode usar IA para gerar insights, mas será avaliado pela capacidade de interpretar os dados, estruturar o desafio e entregar soluções relevantes aos clientes.
Um dos usos mais impactantes da tecnologia na empresa está no próprio processo de gestão de desempenho. Um dos sistemas internos auxilia funcionários a redigir avaliações de performance, reduzindo em 40% o tempo de escrita e aumentando em 20% a qualidade das métricas.
A BCG previa alcançar 50% de adoção de IA até o fim de 2024, mas atingiu essa marca em maio. Metade dos funcionários já são “usuários habituais”, que utilizam as ferramentas diariamente. A empresa também acompanha cerca de 1.500 “usuários avançados”, que desenvolvem soluções próprias com IA.
Entre elas estão GPTs personalizados para revisar apresentações, verificar clareza, antecipar dúvidas de clientes e aplicar padrões de formatação da BCG. Hoje, a empresa é a cliente da OpenAI com o maior número de GPTs customizados, com cinco vezes mais funcionários criando modelos do que no ano passado.
Para sustentar essa transformação, a BCG estruturou um programa robusto de capacitação em IA generativa, com uma equipe dedicada a treinar funcionários e padronizar boas práticas. Além disso, uma rede de 1.200 profissionais atua como multiplicadores locais.
Atualmente, a empresa já conta com oito a nove ferramentas internas, como o Deckster, editor de slides treinado em até 900 modelos, usado por 40% dos associados semanalmente, e o GENE, chatbot baseado no GPT-4o, que apoia sessões de brainstorming e apresentações.
A BCG não está sozinha nessa corrida. A Accenture anunciou que está substituindo funcionários que não se adaptam à nova realidade, enquanto a McKinsey revelou que mais de 70% de seus 45 mil colaboradores já usam o chatbot Lilli.
Com a IA acelerando tarefas operacionais, a BCG estima que 70% do tempo economizado é reinvestido em atividades de maior valor, como análise aprofundada e comunicação clara de insights aos clientes.
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