Mudar de cidade ou não? Uma consultoria mostra que 79% das empresas consideram disponibilidade para mudar de cidade um fator importante para o desenvolvimento de líderes (Stock.XCHNG)
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2014 às 12h00.
Existe um folclore em nossa língua portuguesa sobre vírgula: “o sinal viria como critério de respiração ao longo de uma frase”. Jamais! Vírgula é um sinal com responsabilidade sintática, ou seja, de organização.
Por esse princípio, na relação sujeito-predicado, não ocorrerá o uso de vírgula simples. Vejamos os exemplos:
“Felipão escala novo time.”
“O técnico confia em seus jogadores.”
Ademais, há um mito que persegue qualquer leitor mais atento: vírgula e “e” não se combinam. Combinam sim! Existem três casos de ocorrência da vírgula antes de “e”.
No primeiro caso, deve haver a relação adversativa, contrária, na frase:
“Chovia, e fazia muito calor.”
“Estudava, e nunca passava.”
No segundo caso, deve haver orações coordenadas formadas por sujeitos distintos, ou seja, orações independentes e sujeitos diferentes:
“O partido X confia em Silva, e ela prefere Cardoso.”
“Serra usa imagem de Lula, e PT vai entrar na Justiça.”
No terceiro e último caso sobre tal uso da vírgula antes de “e”, deve ocorrer o fenômeno do polissíndeto (repetição da conjunção em vários momentos), conforme trecho de Olavo Bilac :
“Contra a destruição se aferra à vida, e luta / E treme, e cresce, e brilha, e afia o ouvido, e escuta (...)”
Enfim, combinam-se sim vírgula e “e”.
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