Carreira

‘Quando entrei na PepsiCo não havia nenhuma mulher CEO; em 2021, há 41’, diz executiva

Ex-CEO da PepsiCo, Indra Nooyi defende inovação, representatividade e integração entre carreira e vida pessoal

NEW YORK, NY - NOVEMBER 10:  Chairman and CEO of PepsiCo Indra Nooyi speaks at The New York Times DealBook Conference at Jazz at Lincoln Center on November 10, 2016 in New York City.  (Photo by Bryan Bedder/Getty Images for The New York Times ) (Marcello Casal Jr.)

NEW YORK, NY - NOVEMBER 10: Chairman and CEO of PepsiCo Indra Nooyi speaks at The New York Times DealBook Conference at Jazz at Lincoln Center on November 10, 2016 in New York City. (Photo by Bryan Bedder/Getty Images for The New York Times ) (Marcello Casal Jr.)

Publicado em 11 de junho de 2025 às 17h06.

Última atualização em 11 de junho de 2025 às 18h10.

Durante 12 anos à frente da PepsiCo, Indra Nooyi reconfigurou os rumos de uma das maiores corporações do mundo.

Mais do que CEO, ela foi estrategista, visionária e executiva de altíssimo nível, conduzindo a empresa por uma jornada de inovação, sustentabilidade e expansão global.

A primeira mulher negra e imigrante a ocupar um cargo de tamanha relevância em uma empresa do top 50 da Fortune, Nooyi não apenas subiu ao topo: ela redesenhou o que significa estar lá.

“A vida se desenrola, e você realmente tem que descobrir caminhos diferentes em cada ponto do tempo”, afirma ela.

Liderança sob pressão e o mito do equilíbrio

Apesar do sucesso, Indra Nooyi não romantiza o caminho até o topo. O cargo de CEO, segundo ela, exige uma energia quase sobre-humana.

"É para cima ou para fora"Indra Nooyi, ex-CEO da PepsiCo

Para manter a relevância em cargos C-Level, ela acredita que o nível de comprometimento deve ser absoluto, sobretudo quando se está entre os 30 ou 40 principais executivos de uma companhia global.

Essa pressão constante esbarra na conciliação entre vida profissional e pessoal. Mãe de duas filhas, Nooyi afirma que o termo “equilíbrio” pode ser ilusório.

Prefere falar em “malabarismo trabalho-vida”, uma dança diária de prioridades em constante movimento. Para ela, é essencial reconhecer que todos enfrentam desafios, sejam mães, pais, cuidadores ou profissionais sem filhos.

O importante é criar mecanismos que facilitem essa integração — pessoal, familiar e profissional.

Seu alerta é claro: quem busca cargos de alta gestão precisa entender que, em muitos casos, o trabalho tomará o centro do palco.

Por isso, ela sugere que, se possível, esse momento profissional aconteça quando os filhos já estiverem crescidos — permitindo uma dedicação mais integral sem tantas concessões domésticas.

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