Giz, apagador e lousa (Stock.Xchange)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2014 às 13h56.
Para muitos, um acento que causa verdadeira confusão é o grave. Com objetivo de facilitar seu uso, lembremo-nos de sua validade por dois, por exemplo:
“Os ataques de Fidélix foram destinados à (para a) sociedade.”
Em tese, nos casos em que não houver a citada validade por dois, não há por que se colocar o acento grave.
“Os ataques de Fidélix foram destinados a (para) eles.”
Apesar de tal relação prática do acento, como se devem analisar as expressões “até a” e “até à”?
Inicialmente, enquadram-se como um dos casos facultativos quanto ao uso do acento grave. No entanto, é preciso notar a diferença de sentido entre “uso” e “não uso” do acento. Vejamos esta manchete:
“O terrorista destruiu tudo, até a entrada do hotel.”
Acima, há um claro caso de ambiguidade, já que o termo “até” pode representar “limite” ou “inclusão”. O terrorista destruiu tudo, incluindo a entrada do hotel? Destruiu tudo, e não a entrada do hotel?
Nesse caso, se a “entrada do hotel” não foi destruída, deve-se utilizar a preposição “a”:
“O terrorista destruiu tudo, até à entrada do hotel.”
Caso não haja a relação de ambiguidade, a maioria dos gramáticos recomenda a ausência da preposição e, consequentemente, a ausência do acento grave. Vejamos mais este exemplo:
“Chegamos até a entrada do hotel.”
Para uma prova de concurso público, por exemplo, o uso é facultativo:
“Chegamos até a entrada do hotel.” ou “Chegamos até à entrada do hotel.”
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