(Choreograph/Thinkstock)
Luísa Granato
Publicado em 12 de maio de 2020 às 16h00.
Última atualização em 12 de maio de 2020 às 16h00.
No dia a dia da nossa Língua Portuguesa, um verbo sempre causa dúvida: atender.
Na visão do eminente gramático Napoleão Mendes de Almeida, constrói-se, indiferentemente, com acusativo ou dativo, ou seja, complemento com preposição ou não:
“O senhor não atendeu ao pedido.”
ou
“O senhor não atendeu o pedido.”
ou
“O senhor não atendeu a oração.”
ou ainda
“O senhor não atendeu à oração.”
Já Celso Pedro Luft, no Dicionário Prático de Regência Verbal, guia-nos assim: se o complemento for um pronome pessoal referente a PESSOA, só se empregam as formas objetivas diretas:
“O diretor atendeu os interessados.”
Logo,
“O diretor atendeu-os.”
Dedutivamente, se o complemento não for pessoa, atendendo à sintaxe clássica, há a presença da preposição:
“O prefeito atendeu ao nosso requerimento.”
e
“O prefeito atendeu às necessidades da cidade.”
Pensando em padronização, o caminho regencial de Luft parece-nos, no citado caso, o mais aplicável (elegante também pela sintaxe clássica) aos nossos textos cotidianos.
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DIOGO ARRAIS
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Professor de Língua Portuguesa
Fundador do ARRAIS CURSOS