Futebol: ex-jogador Fernandão faleceu neste sábado (Edu Andrade/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2014 às 12h00.
Nomes próprios, em muitos momentos, acabam ganhando formas aumentativas ou diminutivas, na relação direta com características físicas ou psicológicas. Assim foi com Fernandão, tragicamente falecido no dia 7 de junho de 2014.
Com quase dois metros de altura e autor de inúmeros importantes golaços, o atleta jamais poderia ter se desvencilhado do aumentativo.
Muitas são as provas de concurso público ou vestibulares que cobram a participação textual do famoso grau de uma palavra. Podem caracterizar desprezo, intimidade, carinho ou até mesmo uma sátira.
Em nossa Língua, o grau (aumentativo ou diminutivo) pode ser concebido de duas formas. A primeira, a forma analítica ocorre com a existência de mais de uma palavra:
“Fernandão sempre foi um muito grande no campo e na vida.”
Já a segunda, a forma sintética – como o próprio termo nos mostra – é resumida, com a existência de um termo:
“O homenzarrão driblou inúmeros adversários e venceu.”
Nossa mente é implacável e logo associamos aumentativo a –ÃO, certo? O fato é muitos outros aumentativos ligam-se ao sufixo –AÇO (trazendo-nos uma das mais valiosas dicas sobre o uso de cedilha). É o caso, por exemplo, de palavras como “golaço”, “amigaço”, “driblaço”.
“Foi-se um amigaço!” – dirão os mais próximos.
Infelizmente, neste mundo, não se dribla a certeza vital. Para seres humanos habilidosos e marcantes, valem sim os neologismos no aumentativo. Fernandão foi um goianaço cracaço, atletaço, paizaço... não é à toa que foi informalmente batizado com a rima fácil de um campeão.
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