São Paulo - A participação da terceira idade no mercado de trabalho tem crescido nos últimos dois anos no Brasil. É o que mostram os dados da Pnad Contínua, pesquisa recentemente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o levantamento, no 2º trimestre de 2012, pessoas com mais de 60 anos correspondiam a 6,2% da população economicamente ativa, passando para 6,5% no mesmo período de 2014. Paralelamente, a participação de jovens de 18 a 24 anos recuou: no intervalo mencionado foi de 14,9%, para 13,8%.
De acordo com Carlos Elias, advogado do Cenaat (Centro Nacional de Apoio ao Aposentado e Trabalhador), o aumento na expectativa de vida do brasileiro leva as empresas a empregarem cada vez mais idosos, apesar do preconceito. “A data de nascimento é um dos primeiros filtros usados para selecionar um candidato”, comenta Elias.
Um dos maiores obstáculos no caminho dos mais velhos é a informática. “Eles não têm chance em um processo seletivo se não buscarem suprir a lacuna tecnológica com cursos especializados”, diz o advogado.
Competências e áreas
Apesar de ainda oferecerem resistência a profissionais idosos, muitas empresas têm percebido valor em competências que só chegam junto com a idade.
Apoiados em sua ampla experiência, os mais velhos podem ser essenciais na hora de tomar decisões de negócio, por exemplo. “A responsabilidade e o senso de compromisso também costumam ser diferenciais de quem está nessa faixa etária”, comenta Elias.
Por isso, é comum que eles sejam mais demandados em empregos que exigem trabalho intelectual e longa experiência técnica. Segundo o advogado, os setores que mais absorvem a terceira idade são a indústria e os serviços - no segundo caso, sobretudo consultorias.
Outra área que atrai esses profissionais é a de recursos humanos. “O detalhismo e a capacidade de observação são competências úteis para o recrutamento e a gestão de pessoas, e isso eles têm de sobra”, afirma Elias.
Quando parar?
De acordo com o advogado do Cenaat, idosos que optam por continuar no mercado de trabalho - ou regressar a ele depois da aposentadoria - costumam ter duas possíveis motivações.
A primeira é financeira. “Muitos precisam trabalhar por conta do baixo valor da aposentadoria ou pela necessidade de ajudar com a renda de filhos e netos”, explica.
Outra razão pode ser de ordem emocional e psicológica. Trabalhar faz com que se sintam prestigiados, úteis, inseridos na sociedade.
Se não há pressão financeira, o ideal é pesar prós e contras antes de procurar um emprego. “Você precisa sentir que essa é mesmo a alternativa mais saudável para o seu corpo e para a sua mente”, aconselha Elias. "A partir dos 70 anos de idade, a maioria opta por buscar qualidade de vida".
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1. Qualidade de vida
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1/12 (Flavio VodSkaMan/SXC)
Se você está procurando uma profissão que ofereça qualidade de vida, que tal considerar trabalhar como um cientista de dados, gerente de mídias sociais ou especialista em SEO? Segundo um relatório feito pelo portal de empregos, Glassdoor, esses são alguns dos 20 empregos que mais oferecem equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. A lista de classificação se baseia nos feedbacks enviados pelos próprios funcionários que trabalham no setor. A pesquisa também analisou as perspectivas de melhoria em cada setor de acordo com a opinião dos empregados. Em uma escala de pontuação que varia de 1 a 5 - em que 1 representa "insatisfeito", 3 representa "Ok" e 5 é "muito satisfeito" - confira 10 desses 20 trabalhos mais bem avaliados:
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2. 1º Cientista de dados
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2/12 (Getty Images)
Com 4.4 pontos, o cientista de dados lidera o ranking de profissões que mais oferecem equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além disso, cerca de 74% dos funcionários dizem que o negócio pode melhorar, enquanto apenas 5% se mostram pessimistas em relação ao futuro.
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3. 2º Especialista em SEO
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3/12 (Marcos Santos/USP Imagens)
Ocupando o segundo lugar na classificação, os especialistas em SEO têm pontuação de 4.3 na avaliação. 75% dos trabalhadores na área afirmam que ela ainda pode melhorar, contra 11% que acreditam que o setor pode piorar.
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4. 3º Guia de turismo
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4/12 (Getty Images)
O guia turístico alcançou pontuação de 4.3 pelos avaliadores, e 59% dos funcionários estão otimistas em relação ao negócio. 7% acreditam que o negócio pode piorar
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5. 4º Salva-vidas
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5/12 (Getty Images)
Em quarto lugar, o emprego de salva-vidas foi avaliado com 4.3 pontos. Na pesquisa, 33% dos trabalhadores do ramo afirmam que o setor pode melhorar, e 0% pensa que irá piorar.
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6. 5º Gerente de mídias sociais
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6/12 (Getty Images)
Também com 4.3 pontos, o trabalho do gerenciador de mídias sociais ocupa a quinta posição no ranking. E enquanto 76% se mostram positivos em relação ao setor, 10% dos trabalhadores do setor acreditam que o negócio deve piorar no futuro.
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7. 6º Instrutor de fitness em grupo
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7/12 (Divulgação/Zumba Fitness)
Trabalhar em uma academia pode trazer uma série de vantagens, como horários flexíveis e a possibilidade de malhar de graça. Com 4.2 na classificação, cerca de 43% dos empregados na área acreditam que ela deve melhorar, enquanto 13% estão pessimistas em relação ao futuro.
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8. 7° Designer de UX (Experiência do Usuário)
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8/12 (Stock Exchange)
Com 4.2 nas avaliações, os designers de experiência do usuário alcançam a sétima posição no ranking e contam com 60% otimistas em relação ao negócio. Já 15% pensam que o setor deve decair.
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9. 8º Comunicação Corporativa
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9/12 (Thinkstock)
Comunicação corporativa tem o oitavo lugar na classificação, com 4.1 pontos. De acordo com a pesquisa, 56% dos que trabalham na área se mostram positivos com o setor, contra 6% que afirmaram estar pessimistas.
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10. 9º Bombeiro
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10/12 (REUTERS)
Os bombeiros ganharam o nono lugar nas avaliações e tiveram pontuação de 4.1. Aproximadamente 47% pensam que o campo deve melhorar. 17% estão pessimistas em relação a esse trabalho no futuro.
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11. 10º Corretor de ações
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11/12 (Patricia de Melo Moreira/AFP)
A décima colocação fica com o corretor de ações, que alcançou 4.0 pontos nas pesquisas. Cerca de 38% dos funcionários estão otimistas com o setor. No entanto, outros 38% também acreditam que o cenário pode piorar.
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12. Agora veja as formações "diferentes" de executivos que chegaram ao topo
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12/12 (Stock.Xchange)